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Varejo ampliado leva o maior tombo em seis anos

Queda de 14,6% nas vendas de veículos e autopeças em maio puxou resultado para baixo

Diferentemente da indústria, o comércio varejista foi menos afetado pela paralisação dos caminhoneiros no mês de maio. Já descontados os efeitos sazonais, a queda das vendas reais do setor frente a abril foi de apenas 0,6% em no conceito restrito, um ritmo que não destoa da trajetória do setor, muito embora tenha sido o primeiro resultado negativo de 2018. Em contraste, a produção industrial declinou nada menos que 10,9%.

De acordo com o IBGE, que divulgou os dados nesta quinta-feira(12/07), setores como o de combustíveis e lubrificantes, com queda de 6,1%, sentiram bastante a paralisação. “A queda de circulação do transporte de carga nas rodovias por conta da greve dos caminhoneiros trouxe impacto para as vendas no mês de maio, com reflexos negativos para o varejo e o varejo ampliado. Esse evento da redução do abastecimento que aconteceu em maio atingiu todas as atividades. O segmento dos combustíveis, naturalmente uma atividade que tem relação com a própria questão da greve, mostrou uma queda forte”, explicou a pesquisadora do IBGE Isabella Nunes.



Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), esta aparente preservação do resultado do varejo em maio esconde, porém, uma ampla disseminação de perdas que, em alguns casos, atingiram uma intensidade bastante significativa. Exemplo disso foi a variação de -14,6% registrada pelas vendas de veículos e autopeças, o que levou o comércio em seu conceito ampliado (que também inclui material de construção) a uma queda 4,9% na passagem de abril para maio, a mais intensa desde setembro de 2012.



Outro setor que sentiu a greve foi o de móveis e eletrodomésticos, que teve uma queda de 2,7% no período. “Isso mostra o impacto da perda de estoque para as vendas, mas também uma perda em atraso das entregas e variação do frete, que acabam impactando nesse segmento”, disse Isabella, do IBGE.

O único setor com desempenho positivo de abril para maio foi o de supermercados e alimentos, com alta de 0,6%, o que evitou uma queda ainda maior do comércio varejista brasileiro como um todo.

 



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