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PC do B confirma gaúcha Manuela D’Ávila como candidata à presidência da República

Políticas sociais, tarifação dos mais ricos e a participação da mulher foram temas do discurso na convenção

 

Políticas sociais, tarifação dos mais ricos e a participação da mulher foram temas do discurso na convenção | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP

A gaúcha Manuela D’Ávila é a candidata oficial do Partido Comunista do Brasil (PC do B) à presidência da República. Ele foi confirmada em convenção nacional iniciada no turno da manhã e concluída no início da tarde desta quarta-feira na Câmara dos Deputados, em Brasília. Durante a formalização da candidatura, a porto-alegrense, de 36 anos, defendeu o fim do “desmonte do Estado” promovido pelo governo Michel Temer, ressaltou a importância da mulher na política brasileira e dentro do seu partido, afirmou que irá revogar a reforma trabalhista e que pretende isentar de impostos os mais pobres.

 

“Sou candidata porque o Brasil é um sonho que pode ser realizado, porque nós acreditamos que um novo projeto de desenvolvimento pode ser construído. Sou candidata porque acredito numa reforma tributária que isente os mais pobres e que faça justiça tributária. Sou candidata porque não podemos permitir que eles terminem o desmonte do serviço único de saúde. Sou candidata porque nós acreditamos que o local de todas as crianças é nas escolas. Sou candidata porque não é correto que LGBTs sejam mortos apenas por viverem suas liberdades”, destacou.

 

Sobre a escolha de um nome para ser seu vice, Manuela afirmou que o partido ainda discute as possibilidades internamente e que a escolha será anunciada no limite da data estabelecida para o registro da chapa. "Deixa o vice para um segundo momento. São cenas do próximo capítulo", disse.

 

 

Presença constante em manifestações contra a prisão do presidente Lula, Manuela falou aos correligionários os motivos de defender o candidato do Partido dos Trabalhadores, antigos parceiros políticos dos comunistas. "Lula está preso porque lidera as pesquisas, porque se tivesse solto venceria as eleições. A democracia está presa naquela cela no Paraná. Por isso, nossa candidatura sempre se somou aos gritos de Lula livre. Porque a busca pela sua liberdade não diz respeito só a ele, mas à luta pela democracia", lembrou a candidata.

 

Manuela também afirmou que o partido não será um empecilho para a união das forças da esquerda., deixando claro que poderá fazer coligações com aqueles que compartilham da mesma ideologia. “Nós nunca seremos óbice para a união do nosso campo político. Temos a obrigação de vencer a quinta eleição seguida. Devemos estar mais unidos possível para impedirmos a destruição do Brasil. Agradeço a honra enorme que é ocupar essa tribuna como candidata à presidência”, afirmou D’Ávila.

 

"Se os ventos que sopram são aqueles da desigualdade, da destruição, a nossa ‘embarcação’ está pronta para abrir suas velas e navegar para enfrentar essas desigualdades. Um beijo grande, velas abertas e boa luta!", finalizou a candidata.

Histórico

 

Manuela D’Ávila nasceu em 18 de agosto de 1981, filha da juíza Ana Lúcia e do engenheiro Alfredo D’Ávila. Em 1999, passou no vestibular para Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e para Jornalismo na PUC/RS. No mesmo ano, iniciou a militância estudantil e filiou-se à União da Juventude Socialista (UJS).

 

Três anos depois, filiou-se ao PC do B. Em 2003, foi eleita vice-presidente da União Nacional dos Estudantes e, no ano seguinte, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre com 9,5 mil votos, ou 1,19% dos votos válidos. Em 2006, foi deputada federal com 272 mil votos, sendo a candidata a deputada mais votada do Estado. Na eleição de 2008, terminou como a terceira mais votada na eleição para a prefeitura de Porto Alegre, vencida por José Fogaça.

 

Em 2010, foi reeleita deputada federal com mais de 482 mil votos, ou 8,06% dos votos válidos. Dois anos depois, terminou como a segunda mais votada para a prefeitura de Porto Alegre, com 141 mil votos. Em 2014, foi eleita deputada estadual com mais de 220 mil votos. Manu ainda desistiu de concorrer a prefeitura da sua cidade natal, em 2016, para cuidar da filha Laura, que tinha cinco meses no período.

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