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Unidos, Ciro e Haddad levam no primeiro turno

A última pesquisa mostra: 1) depois da facada, Bolsonaro aumentou sua chance de ir ao segundo turno, embora tenha subido pouco (dois pontos), mas também aumentou a chance de perder no segundo porque a rejeição disparou (43%); está cada vez mais claro que ele herda a maioria dos votos de Aécio de 2014;

2) Ciro está em ascensão e, se for inteligente (e é) não vai bater em Haddad porque não precisou bater nele para chegar onde está; ao contrário, se bater em Haddad é possível que perca votos; e tem crescido ao mesmo tempo em que elogia Lula e critica sua condenação;

3) Haddad foi quem mais cresceu em relação à última pesquisa, dobrando a pontuação e isso antes do anúncio oficial de que é candidato; tende a continuar subindo; se for inteligente (e é) não vai bater em Ciro porque não precisou bater nele para chegar aonde está;

4) Marina está em queda livre, atribui isso ao pouco tempo de TV, mas Ciro tem o mesmo tempo dela e está subindo; o problema dela é o seu perfil, muito mais próximo a ONGs que à política; não se enxerga nela alguém capaz de tirar o país do buraco; 5) Alckmin não conseguiu subir quanto precisava nem tirar pontos de Bolsonaro batendo nele; não herda os votos que Aécio teve no segundo turno de 2014; não tem carisma para virar o jogo; se seus marqueteiros não tirarem um coelho da cartola a derrota é certa.

Minhas conclusões: Marina e Alckmin estão fora do jogo, perderam protagonismo e vão perder mais à medida em que se aproxime a data da eleição, quando ficar claro que a disputa final será do candidato da extrema-direita contra a esquerda ou centro-esquerda; Bolsonaro não precisa sair do hospital para entrar no segundo turno; Ciro e Haddad vão se fortalecer se não caírem na tentação de um tentar tirar votos do outro; unidos, seja quem for o cabeça de chapa, levariam no primeiro turno.

Não é improvável que nas próximas semanas se verifique um movimento em direção ao voto útil contra Bolsonaro, liderado pelos eleitores de Ciro e Haddad, no qual os atuais eleitores de Marina poderão embarcar e abandoná-la de vez.

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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"