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NO MEIO DA CRISE, DESPESA COM O JUDICIÁRIO AUMENTA EM R$ 8,1 BILHÕES

Enquanto o país amarga uma as piores crises econômicas da sua história, com desemprego, estagnação e corrosão de salários, o gasto de todo o Poder Judiciário com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano do início do golpe – com a recusa do candidato derrotado a presidente em aceitar o resultado das eleições – e que marca o início da crise econômica; no mesmo período, a economia do país retraiu 5,6%

 

14 DE SETEMBRO DE 2018 ÀS 05:22 //

 

247 – Enquanto o país amarga uma as piores crises econômicas da sua história, com desemprego, estagnação e corrosão de salários, o gasto de todo o Poder Judiciário com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano do início do golpe – com a recusa do candidato derrotado a presidente em aceitar o resultado das eleições – e que marca o início da crise econômica. No mesmo período, a economia do país retraiu 5,6%.

O relatório Justiça em Números 2018, feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aponta que a despesa com salários, benefícios e penduricalhos na Justiça subiu acima da inflação. 

O documento agrega e analisa dados das Justiças Estaduais, Federal, do Trabalho e Militar e dos tribunais estaduais, regionais e superiores, com exceção do STF (Supremo Tribunal Federal).

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "no ano passado, a remuneração custou R$ 82,2 bilhões ao país e bateu recorde. O montante representa 90,5% do Orçamento do Judiciário, distribuído a 448,9 mil funcionários."

Há quatro anos, segundo o jornal, "os gastos de ministros, desembargadores, juízes, servidores, trabalhadores terceirizados, estagiários e outros auxiliares da Justiça foram de R$ 74,1 bilhões, atualizados pela inflação."

O professor Luciano da Ros, do Departamento de Ciência Política da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) diz: "a Justiça brasileira tem uma enorme autonomia administrativa e financeira. Diversas decisões sobre gastos do Poder Judiciário são tomadas pelos próprios magistrados, como abertura de concursos e verbas indenizatórias".