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Marina Silva quer usar as energias renováveis para gerar 2 milhões de empregos na Região Nordeste

Ex-senadora também "alfinetou" o candidato do PT. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

 

 

Em visita a Aracaju (SE) nessa segunda-feira, a candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse que, se fora eleita, pretende gerar 2 milhões de empregos com a promoção de projetos de energia renovável no Nordeste.

Ele ressaltou que essa Região do País possui uma grande capacidade para produção de energia solar. “Vamos criar um novo ciclo de prosperidade e vamos aumentar a energia solar na matriz energética brasileira em cerca de 10% em relação ao que já temos”.

“Nós vamos nos tornar uma potência em geração de energia limpa utilizando as possibilidades do sol, do vento e da biomassa. O Nordeste tem uma grande capacidade de geração”, prosseguiu. “Vamos investir R$ 50 bilhões em energia limpa, com capacidade de geração de 2 milhões de empregos”.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em julho deste ano o desemprego atingiu 12,9 milhões de brasileiros. A candidata da Rede criticou a situação e aproveitou para alfinetar o presidenciável do PT a presidente, Fernando Haddad.

“Até então, o Partido dos Trabalhadores estava blindando o Fernando Haddad. Ele não estava indo para os debates, e agora vem para a cena e terá que explicar porque que o Brasil que até 2013 ainda era o País de pleno emprego, agora com o governo Dilma-Temer, o país do desemprego com 13 milhões de desempregados e 4 milhões que já desistiram de procurar ocupação formal”.

Mudança de tom

Depois de fechar a semana passada com o instituto Datafolha mostrando os seus índices de intenção de voto despencarem, Marina Silva passou a dar declarações de maior impacto. Segundo fontes próximas, a mudança de tom tem por objetivo “turbinar” a campanha da presidenciável, sobretudo nas redes sociais.

A pesquisa mais recente do Datafolha foi o sinal de alerta máximo na equipe até agora, embora em público Marina queira demonstrar animação e apele para a mobilização dos voluntários. Ela marcou 8% no levantamento, metade do que tinha quando sua candidatura foi registrada, em agosto.

No dia seguinte, em Vitória (ES), a presidenciável subiu o tom ao criticar a novela jurídica envolvendo a candidatura do PT. Para ela, a indefinição ao longo dos últimos meses favoreceu Fernando Haddad.

“O candidato do PT foi blindado durante esse tempo todo de explicar por que nos governos Dilma-Temer o Brasil foi perdendo tudo de bom que havia no governo Lula”, comparou. Ela declarou, ainda, que Jair Bolsonaro (PSL) é o tipo de candidato que “vai governar para os poderosos, para os ricos” e que se mostra contrário a negros, índios, mulheres e minorias.

A candidata também criticou a recente invasão de hackers na página do Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”. Ela qualificou a atitude como inaceitável e defendeu investigação, associando o episódio às “mesmas técnicas usadas no exterior para interferir no resultado das eleições”.

A curva descendente nas pesquisas já vinha preocupando aliados da líder da Rede, que não esperavam, no entanto, uma queda tão brusca. Em privado, colaboradores admitem que a situação se complicou bastante nos últimos dias.

Diante da diminuição, a titular da candidatura repisou o discurso de que os levantamentos são um retrato do momento e falou que sua estratégia é continuar falando a verdade: “Ninguém pode fazer discurso de oportunismo em função de querer ganhar voto. Uma das frases mais repetidas no entorno dela é que a atual eleição é a mais incerta da história recente.

 

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