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Moro retira sigilo de delação de Palocci mesmo já recusada por falta de provas

A seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais, o juiz Sérgio Moro voltou a agir politicamente ao levantar o sigilo da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci. Tal delação foi recusada pelo Ministério Público, por falta de provas, e mesmo assim foi não apenas confirmada pela Polícia Federal como serve de tentativa de “bala de prata” às vésperas das eleições. A conduta adotada por Moro reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo no final de julho, o jurista Carlos Fernando Lima, procurador da Lava Jato, explica em detalhes que a delação de Palocci, na opinião do Ministé-rio Público, não é válida, por falta de provas. Mais do que isso, ele indica que a Polícia Federal firmou o acordo apenas para provar que tinha poder para tanto.



Em nota, a defesa de Lula afirma que “Moro juntou ao processo, por iniciativa própria (“de ofício”), depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados, até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em consideração no julgamento da ação penal (…).”



Ter atacado o ex-presidente Lula, a presidente deposta Dilma Rousseff e outros dirigentes do PT próximo das eleições se revelou um lucrativo negócio para o ex-ministro Palocci. 

Pelo acordo, o ex-ministro teve redução de dois terços da pena e terá que pagar multa de R$ 35 milhões. Como a Lava Jato encontrou um patrimônio de pelos menos R$ 80 milhões atribuídos ao delator, Palocci sairá livre em breve com R$ 45 milhões nos bolsos.

 

Jornal Monitor Mercantil///