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PDT pede anulação da eleição presidencial por abuso de poder econômico

Partido se baseia em reportagem da Folha de S.Paulo que aponta que empresários teriam bancado gastos com a divulgação de mensagens por meio de WhatsApp contra Haddad.

 

O PDT alega que a prática de disseminação de notícias falsas prejudicou o candidato do partido na corrida presidencial, Ciro Gomes. (REUTERS/Nacho Doce)

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA – O PDT apresentou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que pede a anulação da eleição presidencial pela prática de abuso de poder econômico com base principalmente em reportagem do jornal Folha de S.Paulo que aponta que empresários teriam bancado gastos com a divulgação de mensagens por meio de WhatsApp contra o candidato do PT, Fernando Haddad, o que beneficiaria Jair Bolsonaro (PSL).

O partido alega que esse tipo de despesa é proibido por lei e manipula, de certa forma, o resultado das urnas. Na peça, com mais de 30 páginas, o PDT requer ainda que sejam investigadas pessoas, físicas e jurídicas, para comprovar a utilização de recursos não contabilizados pela campanha de Bolsonaro, pedindo a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático deles.

“O Código Eleitoral é muito claro quando diz que, caso seja comprovado o abuso de poder econômico por parte de um dos concorrente, automaticamente o pleito se torna viciado, gerando assim um desequilíbrio entre os concorrentes e comprometendo todo o processo eleitoral. Entendemos que a disseminação das chamadas “fake news” via redes sociais, principalmente contra o candidato do PT, criou uma desigualdade que alterou o resultado das urnas”, afirmou Carlos Lupi, presidente do PDT, em nota divulgada pelo partido.

O PDT alega que a prática de disseminação de notícias falsas prejudicou o candidato do partido na corrida presidencial, Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar e que, por isso, não passou para o segundo turno. A legenda diz que a prática já tinha ocorrido no primeiro turno.

“Assim, foram prejudicados todos os concorrentes do pleito eleitoral, já que o aporte financeiro das pessoas jurídicas trouxe um flagrante desequilíbrio entre a paridade das armas dos concorrentes. Todavia, o mais prejudica foi o candidato Ciro Gomes, haja vista que era quem mais detinha condições de ganhar no segundo turno, inclusive, com ampla margem de votos contra o candidato Jair Bolsonaro”, argumenta.

O PDT quer que a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) seja julgada procedente após seu trâmite regular, com a anulação dos votos da chapa de Bolsonaro e a convocação de novas eleições para presidente e vice-presidente da República.

Reuters/dom total///