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Marina Silva sobre Ricardo Salles: ‘assumiu para liquidar ministério’

Visivelmente abalada com o volume de retrocessos que se alastraram de forma inédita e em tempo recorde pelo país, a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à presidência da República Marina Silva afirma que o atual ministro do Meio Ambiente foi nomeado para "liquidar" o ministério; ela diz que as medidas que estão sendo tomadas trarão insegurança jurídica e que o governo Bolsonaro faz política de ‘demolição’

21 DE JANEIRO DE 2019 ÀS 07:57 // 

247 – Visivelmente abalada com o volume de retrocessos que se alastraram de forma inédita e em tempo recorde pelo país, a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à presidência da República Marina Silva afirma que o atual ministro do Meio Ambiente foi nomeado para "liquidar" o ministério. Ela diz que as medidas que estão sendo tomadas trarão insegurança jurídica e que o governo Bolsonaro faz política de ‘demolição’.

A reportagem do jornal Valor destaca a decepção da ex-ministra diante do tema Bolsonaro, em cifras literárias: "entremeando suspiros e longas pausas, a ex-ministra aponta que as mudanças no processo de licenciamento ambiental que estão sendo adotadas tendem a trazer ainda mais insegurança jurídica e ironiza o posicionamento de alguns integrantes do governo de criticar a teoria do aquecimento global. Para ela, nunca houve um governo que fosse formado por um ‘centro hegemônico de céticos’ como o atual."

Sobre a estrutura atual do ministério do Meio Ambiente, Marina diz: "eu acho que ele [Bolsonaro] não fez a política de fundição [com o Ministério da Agricultura], e na prática está fazendo a política de demolição, está demolindo o ministério. O ministro [Ricardo Salles] não assumiu para ser o ministro da proteção, mas para ser o ministro da liquidação do Ministério do Meio Ambiente. Sabe quando você tem aquela pessoa indicada para fazer a liquidação da massa falida? É isso que ele está fazendo. E não dá nem para dizer que é uma pessoa bem intencionada, ele faz o jogo, sabe o que está fazendo."

Acerca das mudanças que mais geram preocupação, ela afirma: "para mim, a [mudança] mais desastrosa é ter um ministro que não se preocupa com a própria Pasta que comanda. Alguém que vai para o Ministério do Meio Ambiente para ser contrário à natureza precípua da pasta, esse é o pior atraso. Um ministro que está mais preocupado em agradar os setores mais reacionários do agronegócio."