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PSL promoveu candidaturas laranjas em MG e desviou verba partidária

Não bastasse o desvio de verbas de gabinete e conexões com milicianos, o PSL supostamente colocou em prática um protocolo vasto e novo de corrupção partidária; segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), deputado federal mais votado em Minas e atual ministro do Turismo de Bolsonaro, promoveu um esquema de candidaturas laranjas no estado que direcionou verbas públicas de campanha para empresas amigas, ligadas ao seu gabinete na Câmara

4 DE FEVEREIRO DE 2019 ÀS 04:47 //

247 – Não bastasse o desvio de verbas de gabinete e conexões com milicianos, o PSL supostamente colocou em prática um protocolo vasto e novo de corrupção partidária. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), deputado federal mais votado em Minas, promoveu um esquema de candidaturas laranjas no estado que direcionou verbas públicas de campanha para empresas amigas, ligadas ao seu gabinete na Câmara.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo explica o dispositivo ilegal: "após indicação do PSL de Minas, presidido à época pelo próprio Álvaro Antônio, o comando nacional do partido do presidente Jair Bolsonaro repassou R$ 279 mil a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas."

E prossegue: "apesar de figurar entre os 20 candidatos do PSL no país que mais receberam dinheiro público, essas quatro mulheres tiveram desempenho insignificante. Juntas, receberam pouco mais de 2.000 votos, em um indicativo de candidaturas de fachada, em que há simulação de alguns atos reais de campanha, mas não empenho efetivo na busca de votos."

A reportagem do jornal comprovou o destino do dinheiro: "a Folha visitou as cidades de Ipatinga, Governador Valadares, Timóteo e Coronel Fabriciano, na região do Vale do Rio Doce, leste de Minas Gerais, e investigou as informações prestadas por elas à Justiça Eleitoral. Dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro."

Em um caso específico, foram R$ 65 mil em fraudes: "esse é o caso, por exemplo, de Lilian Bernardino, candidata a deputada estadual em Governador Valadares. Ela é próxima a Haissander Souza de Paula, que foi assessor do gabinete parlamentar de Álvaro Antônio de dezembro de 2017 ao início deste ano, quando o deputado assumiu o Ministério do Turismo. Haissander hoje é secretário parlamentar do suplente de Álvaro Antônio na Câmara, Gustavo Mitre, do PHS. Lilian recebeu da direção do PSL R$ 65 mil de recursos públicos, declarou ter gasto todo esse valor e obteve apenas 196 votos. No mesmo dia ou poucos dias depois de ter recebido as verbas, ela repassou boa parte para quatro empresas que têm ligações com o ministro do Turismo."