De acordo com o jornalista, "quando a ditadura militar se aliou a empresas brasileiras e estrangeiras para acelerar o processo de integração da Amazônia à economia global", a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário é que "estavam lá para enterrar os mortos, defender os sobreviventes e curar suas feridas"
11 DE FEVEREIRO DE 2019 ÀS 08:46 //
247 – "Ter o governo federal espionando setores da Igreja Católica que atuam na defesa dos trabalhadores e povos na Amazônia sob a justificativa de evitar ‘interferência em assunto interno do Brasil’ não é novidade", diz o jornalista Leonardo Sakamoto.
"Isso ocorreu tanto sob os militares quanto no governo civil pós-redemocratização, portanto, seria claro que aconteceria na gestão anfíbia de Jair Bolsonaro. O que surpreende é a desenvoltura com que isso é escancaradamente assumido", afirma.
De acordo com o jornalista, "quando a ditadura militar se aliou a empresas brasileiras e estrangeiras para acelerar o processo de integração da Amazônia à economia global, que teve como ‘efeito colateral’ a morte, a expulsão e a escravização de trabalhadores e povos do campo (num processo que segue ativo até hoje, sem interrupções), quem estava lá para enterrar os mortos, defender os sobreviventes e curar sua feridas eram organizações como a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário, ambas ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil".
"Vale lembrar que a primeira denúncia com repercussão internacional por trabalho escravo na região, que veio a público com a ajuda da CPT e contra a vontade da ditadura, teve como alvo a fazenda Vale do Rio Cristalino, no Sul do Pará, que pertencia à Volkswagen", diz. Em tempo: Deus queira que todo esse barulho não tenha sido causado por disputa religiosa".
Leia a íntegra no Blog do Sakamoto