Governo do presidente Nicolás Maduro posicionou o Sistema de Mísseis de Defesa Aérea S-300VM próximo à fronteira com o Brasil, que foi fechada às 20 horas desta quinta-feira; segundo o site DefesaNet, o sistema antiaéreo inclui lançadores, sistemas de radares e apoio e está posicionado é a região do aeroporto de Santa Elena de Uairén, que fica a 11 km da cidade fronteiriça de Pacaraima
22 DE FEVEREIRO DE 2019 ÀS 16:28 //
247 – Aumenta a tensão na fronteira entre o Brasil e a Venezuela na véspera do dia fixado pelos Estados Unidos para a entrada da suposta ajuda humanitária aos venezuelanos.
Segundo informações do site DefesaNet, relacionado a assuntos militares, o governo do presidente Nicolás Maduro posicionou o Sistema de Mísseis de Defesa Aérea S-300VM próximo à fronteira com o Brasil, que foi fechada às 20 horas desta quinta-feira.
Conforme o DefesaNet, a posição onde o sistema S-300 foi posicionado é a região do aeroporto de Santa Elena de Uairén, que fica a 11 km da cidade fronteiriça de Pacaraima.
A Venezuela possui 3 Sistemas de Defesa Aérea S-300, que inclui lançadores, sistemas de radares e apoio. O sistema de Defesa Aéreo S-300VM é produzido pela empresa russa Antey-Almaz. Tem sido o maior sucesso de vendas no mercado internacional da indústria militar russa pós-Guerra Fria.
A Venezuela adquiriu os S-300 durante o governo de Hugo Chávez. Junto incorporou o conceito de defesa aérea desenvolvido pelos russos desde a Guerra Fria. Trata-se de um sistema escalonado, que vai desde o menor nível com canhões até os mísseis para grande altitude.
Nesta sexta-feira, 22, indígenas e militares venezuelanos teriam entrado em confronto na cidade de Kumarakapay. Segundo a agência Reuters, uma pessoa teria morrido e diversas ficaram feridas por tiros. A cidade fica a cerca de 70 km de Santa Elena de Uairén, na fronteira com o Brasil, que está fechada por ordem do presidente Nicolás Maduro
Indígenas e militares venezuelanos teriam entrado em confronto nesta sexta-feira (22) na cidade de Kumarakapay. Uma mulher e seu marido foram mortos e ao menos outras 15 pessoas ficaram feridas – 4 em estado grave -, segundo autoridades de Gran Sabana, onde aconteceu o incidente.
Segundo autoridades ligadas ao autoproclamado presidente Juan Guaidó, os soldados abriram fogo com balas de borracha e gás lacrimogêneo quando os voluntários tentaram impedir que os veículos fechassem a passagem.
Apesar do bloqueio, por volta das 9h desta sexta os militares venezuelanos liberaram a passagem de duas ambulâncias venezuelanas com pessoas feridas. As ambulâncias seguiram primeiro para o Hospital Délio Tupinambá, o único de Pacaraima, mas depois saíram com destino ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, a 215 km da fronteira.
Funcionários do hospital de Pacaraima disseram ao site G1 que os veículos transportavam ao menos três pessoas – duas delas feridas a tiros.
Pelo Twitter, Juan Gauidó, o opositor que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, afirmou que o confronto em Kumarakapay deixou 1 morto e 12 feridos. O incidente cai como uma luva à retórica pró-guerra dos governos dos EUA, Brasil, Colômbia e da oposição de extrema-direita venezuelana.