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Ministério de Moro revoga nomeação de Ilona Szabó após “repercussão negativa”

Cientista política é crítica do decreto de Bolsonaro que facilita a posse de armas, atacou o Pacote Anticrime de Sérgio Moro e durante a campanha aderiu ao movimento #EleNão

 

Os recuos e mudanças de decisão protagonizados pelo governo de Jair Bolsonaro beiram o constrangimento. Depois de anunciar, nesta quarta-feira (27), a nomeação de Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), uma indicação de Sérgio Moro, no início da noite desta quinta (28) a nomeação foi sumariamente revogada.

 

Após a confirmação da cientista política e diretora-executiva do Instituto Igarapé no cargo, as redes sociais receberam inúmeros ataques enfurecidos de bolsonaristas.

Quando o nome da cientista política foi publicado no Diário Oficial da União, quarta, apoiadores de Bolsonaro levantaram a hashtag #IlonaNão no Twitter.

O descompasso do governo é tanto que o ministério nomeou, inicialmente, Ilona, que é crítica ao decreto de Bolsonaro que facilita a posse de armas, atacou o Pacote Anticrime de Moro e, durante a campanha eleitoral, aderiu ao movimento #EleNão, contrário à eleição de Bolsonaro.

Em nota, o próprio Ministério da Justiça reconhece que a revogação foi provocada por “repercussão negativa em alguns segmentos” da sociedade.

Íntegra da nota do ministério:

Brasília, 28/02/2019 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou Ilona Szabó, do Instituto Igarapé, como um dos vinte e seis componentes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão consultivo do Ministério. A escolha foi motivada pelos relevantes conhecimentos da nomeada na área de segurança pública e igualmente pela notoriedade e qualidade dos serviços prestados pelo Instituto Igarapé. Diante da repercussão negativa em alguns segmentos, optou-se por revogar a nomeação, o que foi previamente comunicado à nomeada e a quem o Ministério respeitosamente apresenta escusas.

Assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça e Segurança Pública

 

Revista Forum///