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Caso Bernardo: Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, presta depoimento no quarto dia de julgamento

Graciele é acusada de matar e ocultar o cadáver do enteado em 2014. (Foto: Reprodução/TJRS)

Juliano Castello com colaboração de Anna Dalbem para o O Sul

 

Nesta quinta-feira (14), quarto dia de julgamento do Caso Bernardo, a madrasta do garoto e ré Graciele Ugulini presta depoimento. Ela é acusada de participar da morte de Bernardo através de remédios, e depois participar da ocultação do cadáver na cidade de Frederico Westphalen. O crime teria sido orquestrado pelo pai do garoto, Leandro Boldrini. O objetivo era obter a herança do menino deixada pela mãe. O crime aconteceu em abril de 2014.

Acompanhe os principais momentos do depoimento: 

  • Graciele começa contando que quando conheceu o enteado, ele era uma criança amorosa e carinhosa.
  • A ré conta que levava o menino Bernardo até a escola, e após o expediente na prefeitura da cidade, buscava o garoto.
  • Graciele afirma diante do juri que amava Bernardo como filho antes de engravidar.
  • Ela conta que o marido, Leandro Boldrini, tinha uma rotina muito atribulada e não conseguia dar atenção ao filho Bernardo.
  • Graciele chora em depoimento ao falar da gravidez de risco, e afirma que deixou a família de lado.
  • A madrasta fala que o modo de ensinar o garoto era a maneira que ela demonstrava amor por Bernardo.
  • Graciele conta que o vídeo da briga com o Bernardo aconteceu devido ao garoto dizer que não gostava da irmã.
  • Ela nega que tenha dito que o garoto era esquizofrênico.
  • Graciele pegou o remédio que tomava, e ministrou para Bernardo, com um carimbo e assinatura falsa.
  • Segundo Graciele, o menino se convidou para ir até Frederico Westphalen. Bernardo teria pedido remédio para enjoo e Graciele deu.
  • A ré diz que foi administrando remédios para o garoto dormir, segundo ela, ele estava muito agitado segundo Graciele.
  • Ela viu o garoto babando e viu que estava sem respiração.
  • Graciele decidiu não prestar socorro por medo do que as pessoas iam pensar devido as constantes brigas.
  • Ela e a amiga Edelvânia decidiram enterrar o garoto, a amiga de Graciele fez o buraco onde o corpo foi encontrado com um “macaco”.
  • Graciele se recusou a responder as perguntas do Ministério Público.
  • Agora o advogado da ré, Pompeo de Mattos, interroga a acusada.
  • Ela afirma que muitos desentendimentos eram causados pela desorganização do garoto com os estudos.
  • “Eu não sou esse monstro que a imprensa sensacionalista criou, não sou essa pessoa”, afirma Graciele, negando novamente que tenha aplicado injeção em Bernardo.
  • Ela afirma que estava tomando remédios por conta própria e tinha vergonha de pedir ajuda. “Eu só pensava na minha filha” afirma ela.
  • Graciele ficou em cela de isolamento ao ser transferida para Ijuí. O advogado de defesa fala do período em que a ré ficou presa.
  • Ela afirma que ficou impedida de ver a filha durante o período de prisão.
  • “Tudo foi um acidente, um estupido acidente. Eu preciso que vocês entendam”, afirma Graciele.
  • Graciele afirma que Edelvânia ajudou a enterrar o menino Bernardo, e que não teve contato durante o período de reclusão com a amiga.
  • Segundo a ré, o irmão de Edelvânia, Evandro não participou do crime.
  • Graciele afirma que o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, é inocente e não teve participação na morte do menino.
  • A ré admite que participou das buscas mesmo sabendo que o menino estava morto e onde estava o corpo de Bernardo.

As 11h20 da manhã terminou o depoimentos da ré Graciele Ugulini. Devem ser ouvidos ainda hoje os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz, acusados de participação na ocultação do corpo do menino Bernardo.

 

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