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Bolsonaro associa articulação à corrupção e diz que não quer terminar na cadeia

Apesar das críticas a respeito do modelo de articulação política adotada por seu governo, o presidente Jair Bolsonaro disse que não pretende mudar a sua forma de lidar com o Congresso Nacional. "Não vou jogar dominó com o Lula e o Temer no xadrez", afirmou em referência às prisões dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, que, segundo ele, foram presos por negociações pouco republicanas durantes seus mandatos; nesta terça-feira (26), a Câmara voltou a retaliar o governo ao aprovar uma PEC que obriga o governo federal a executar todos os investimentos previstos no Orçamento, o que restringe o poder do governo manobrar os recursos conforme julgar necessário

27 DE MARÇO DE 2019 ÀS 10:31

247 – Apesar das críticas a respeito do modelo de articulação política adotada por seu governo, o presidente Jair Bolsonaro disse que não pretende mudar a sua forma de lidar com o Congresso Nacional. "Não vou jogar dominó com o Lula e o Temer no xadrez", afirmou em referência às prisões dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, que, segundo ele, foram presos por negociações pouco republicanas durantes seus mandatos. Declaração de Bolsonaro foi feita durante uma conversa com empresários do grupo Brasil 200.

Na semana passada, durante sua viagem ao Chile, Bolsonaro também já havia afirmado que não iria mudar os rumos da sua articulação política. "O que é articulação? O que está faltando eu fazer? O que foi feito no passado? Eu não seguirei o mesmo destino de ex-presidentes, pode ter certeza disso", disse ao ser questionado sobre a crise política aberta com o Congresso. Ainda no Chile, Bolsonaro também disse estar "aberto ao diálogo" e que desconhecia o motivo pelo qual o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter afirmado que deixaria a articulação política pela aprovação da reforma da Previdência. 

"Quero saber o motivo que ele está saindo", disse Bolsonaro após deixar o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno. "Estou sempre aberto ao diálogo. Estou fora do Brasil. Quero saber o motivo, só isso e mais nada. Eu não dei motivo para ele sair [da articulação]", declarou Bolsonaro na ocasião. (Leia no Brasil 247

Nesta terça-feira (26), a Câmara voltou a retaliar  o governo ao aprovar, por 448 votos a 3, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga o governo federal a executar todos os investimentos previstos no Orçamento, o que restringe o poder do governo manobrar os recursos conforme julgar necessário. O governo vinha trabalhando para aprovar no Senado a chamada PEC do pacto federativo, que prevê justamente o contrário do que foi aprovado pela Câmara. (Leia no Brasil 247)