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Chilenos tomam as ruas contra sistema de capitalização

Aposentados recebem menos de um terço do valor do último salário

 

 

Uma multidão tomou as ruas de Santiago e das principais cidades do Chile neste domingo para exigir o aumento de 20% nas aposentadorias e um “novo modelo previdenciário digno, com redistribuição solidária”. O protesto é contra o sistema de capitalização implantado pela ditadura Pinochet (1973–1990).

O modelo chileno inspirou o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, ao fazer a proposta de reforma da Previdência. A experiência no país vizinho se mostrou desastrosa.

As Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs), empresas financeiras privadas, prometeram taxas de retorno de 70% a 100% da remuneração quando chegasse o ano de 2020. A Superintendência de Pensões reconhece, porém, que quem se aposentava com US$ 700 tem atualmente uma taxa de retorno de apenas 33% (homens) e 25% (mulheres), o que equivale a US$ 231 e US$ 175, respectivamente.

As AFPs são controladas por companhias multinacionais, que administram um patrimônio coletivo de US$ 220 bilhões, equivalente a 2/3 do seu Produto Interno Bruto (PIB). Mais de 70% destes recursos se encontram, segundo a Fundação Sol, sob o controle de três empresas norte-americanas: Habitat, US$ 57,76 bilhões (27,4%); Provida, US$ 53,03 bilhões (25,2%) e Cuprum, US$ 41,14 (19,5%).

 

Monitor Mercantil

Foto: Brasil de Fato///