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Região Sul deve plantar 1,8 milhão de hectares de trigo nesta temporada

Estamos no início da semeadura da principal cultura de inverno da região Sul do país: o trigo. As estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma área cultivada no Sul do Brasil próximo de 1,8 milhão de hectares e os rendimentos ao redor de 2.700 kg/ha, que representa um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Porém, de acordo com João Leonardo Pires, pesquisador da Embrapa Trigo, o mercado de sementes está aquecido no Rio Grande do Sul e isso pode ser um bom indicador. Além disso, o preço do trigo também está atrativo aos produtores rurais. “O preço mínimo da cultura teve um aumento em torno de 12% em relação ao ano passado e isso acaba pesando na decisão dos agricultores na hora de optar pelo trigo”.  

Um dos principais desafios de cultivar trigo na região Sul é o clima. Estamos vivenciando um El Ninõ e essa situação não é das melhores para o desenvolvimento da cultura. “A definição da triticultura acontece entre os meses de setembro, outubro e novembro. É o período de enchimento de grãos onde a chuva em excesso e o El Ninõ podem complicar o cenário,” acrescenta o pesquisador. Ainda, é válido lembrar que esse período é o de primavera, com índices de chuvas, e os produtores devem ficar atentos às variações climáticas.

A escolha das cultivares é fundamental para o rendimento da safra. Através disto que os produtores definem seus investimentos, desenvolvimentos e as potencialidades que a lavoura pode aderir. “A cultivar é a escolha de negócio do trigo”, explica Pires. Isso porque hoje existem cultivares no mercado com potencial para produzir pão, cultivares melhoradoras que pode agregar valores, cultivares para produção de biscoito, as branqueadoras, além dos trigos para a produção animal que podem servir também como pastejo. “Tudo isso se define quando o produtor escolhe a cultivar”, finaliza Pires.

Segundo Luiz Carlos Pacheco, analista da Trigo e Farinhas, com a quebra da safra passada os preços do trigo dispararam, chegando a R$1.000,00 a tonelada. No entanto, o mercado que se espera para a safra 2019/20 é com preços em torno de R$ 700,00 reais no Rio Grande do Sul, que são os negócios futuros feitos em meados de setembro, ou seja, que são feitos agora para entrega e recebimento na safra. Já para os meses de outubro, novembro e dezembro os preços podem ficar mais baixos, porque há muita oferta e pouca procura. “Dependendo de como for à colheita, o preço pode ficar bem posicionado em janeiro valendo até R$ 750,00 reais, mas isso dependerá da qualidade da safra. Assim o produtor pode lucrar de 5 a 10%”, explica Pacheco.

 

Por Thaise Ribeiro/Destaque Rural com supervisão de Fernanda Custódio

 

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