Por Thaise Ribeiro/Destaque Rural com supervisão de Fernanda Custódio
De acordo com a consultoria INTL FCStone, a estimativa de produção do milho segunda safra é de 66,391 milhões de toneladas, um aumento significativo em relação ao ano passado, quando o país colheu 53,97 milhões de toneladas. É importante destacar que em 2018 devido aos problemas climáticos a produtividade foi menor.
“Tivemos uma frustração de safra no Paraná, partes de São Paulo e em Mato Grosso do Sul e essa quebra foi em torno de 10 milhões de toneladas. Mas, a expectativa é que o Paraná e o Mato Grosso do Sul recuperem essa produção nesta temporada e registrem um aumento de até 7 milhões de toneladas frente ao volume colhido no ano anterior,” explica Eduardo Sanchez, Consultor de Gerenciamento de Risco da INTL FCStone.
Ainda, segundo Sanchez, 98% da área já foi plantada no país e apenas o Estado de Minas Gerais está com o plantio mais lento. Então, daqui para frente, os produtores deverão ficar atentos às condições climáticas, que até o momento foram favoráveis para a semeadura e acompanharem o ritmo de exportação do Brasil.
“Nós temos a oferta de 26 milhões de toneladas na primeira safra, para um consumo próximo de 30 milhões de toneladas. Já no segundo semestre nós temos essas mesmas 30 milhões de toneladas de consumo, porém, com uma safrinha estimada em 66 milhões de toneladas. Por isso, os agricultores devem ficar atentos ao ritmo dos embarques brasileiros e o seu impacto nos preços”, afirma o consultor.
Paralelamente, o especialista ainda reforça a importância do dólar na composição dos preços da commodity. Isso porque, um dólar fortalecido deve ajudar na competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.
Por enquanto, os indicativos de preços para a safrinha estão próximos de R$ 20,00 a saca do cereal em Mato Grosso, R$ 25,00 em Goiás e R$ 27,00 em Mato Grosso do Sul, ainda conforme pondera Sanchez. “Em relação aos preços vai depender muito de como irá acontecer esse desdobramento da Reforma da Previdência, que impacta diretamente no dólar e que vai dar um rumo para as exportações do milho brasileiro,” completa.
Safra de verão
Em relação ao milho safra de verão a consultoria fez um ajuste na projeção de colheita, de 27,992 milhões de toneladas para 27,995 milhões de toneladas. Só no Rio Grande do Sul, por exemplo, a estimativa é produzir mais de 6 milhões de toneladas nesta safra.
“O produtor teve vantagens, não somente no preço praticado, mas também nos rendimentos que o Estado teve. Foi uma safra excelente e 70% da produção gaúcha já foi comercializada,” explica Sanchez. Assim, a produção total de milho no ciclo 2018/19 está estimada em 94,4 milhões de toneladas.
Destaque Rural///