Primeira decisão condenou a Monsanto a pagar uma indenização de 78,5 milhões de dólares a um ex-jardineiro.
Principal agente ativo do Roundup é o glifosato, classificado como “provavelmente cancerígeno” por agência da OMS. (JOSH EDELSON / AFP)
O herbicida glifosato, pelo qual a Monsanto já foi condenada duas vezes, enfrenta 13.400 ações judiciais nos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira o grupo farmacêutico alemão Bayer, matriz da empresa agroquímica americana.
Em fevereiro, o número de processos contra o glifosato era de 11.200, indicou a empresa.
A Monsanto foi condenada em duas oportunidades pelos efeitos nocivos do herbicida.
A primeira decisão condenou a Monsanto a pagar uma indenização de 78,5 milhões de dólares a um ex-jardineiro.
Uma segunda decisão condenou a empresa a indenizar com 80,3 milhões de dólares um aposentado da Califórnia, vítima de câncer depois de utilizar durante 25 anos o Roundup, a marca do herbicida glifosato da Monsanto,
Também nesta quinta-feira, a Bayer anunciou que o lucro líquido do grupo registrou queda de 36% em ritmo anual no primeiro trimestre, sobretudo pelos custos vinculados à compra no ano passado da Monsanto.
A empresa destacou no entanto o aumento de 42% do faturamento no mesmo período.
As contas foram afetadas principalmente pelo aumento dos gastos excepcionais, que passaram de 78 milhões de euros (87 milhões de dólares) no primeiro trimestre de 2018 a 1.05 bilhão (US$ 1,17 bilhão) entre janeiro e março deste ano.
A integração do grupo Monsanto, adquirido pela Bayer em junho do ano passado por 63 bilhões de dólares, representa quase metade destes gastos, com 492 milhões de euros (549 milhões de dólares), seguido pelos custos de restruturação do grupo (393 milhões de euros, 438 milhões de dólares), que anunciou o corte de 12.000 postos de trabalho.
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