Data foi criada em homenagem a trabalhadores de Chicago, nos EUA, que entraram em greve em 1886 por mais direitos
Trabalhadores se mobilizaram contra carga horária de trabalho abusiva / (Foto: Reprodução)
Comemorado internacionalmente, o 1º de maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras, é marcado por mobilizações populares e atos políticos em defesa dos direitos da classe trabalhadora em todo o mundo.
A data foi historicamente estabelecida em homenagem a milhares de trabalhadores que entraram em greve na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, com o objetivo de conquistar melhores condições de trabalho, no dia 1º de maio de 1886.
As massivas manifestações exigiram a redução de uma jornada de trabalho abusiva, que chegava a 17 horas diárias, para 8 horas. As reivindicações dos "mártires de Chicago" se espalharam por outros países e continentes nos anos seguintes, resultando em conflitos diretos dos trabalhadores com forças policiais.
:: O primeiro de maio é patrimônio da classe trabalhadora ::
Para homenagear aqueles que morreram nos confrontos, a Segunda Internacional Socialista reiterou, em 1889, que o Dia Internacional dos Trabalhadores seria comemorado no 1º de maio de cada ano.
No Brasil, a data se oficializou apenas em 1924 após decreto do presidente Arthur da Silva Bernardes, que assim como em outros lugares do mundo, estabeleceu que o dia deveria ser um feriado nacional destinado aos trabalhadores.
Devido ao caráter histórico de luta da data, foi no dia 1º de maio de 1943 que o presidente Getúlio Vargas anunciou a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que garantiu uma série de direitos dos trabalhadores.
Entretanto, a CLT passa por um desmonte nos últimos anos após a aprovação da reforma trabalhista e da terceirização irrestrita pelo governo Michel Temer.
:: Reforma trabalhista se revela como verdadeiro ataque aos direitos sociais ::
Nesta conjuntura, nos últimos anos, as passeatas e mobilizações realizadas no 1º de maio retomam as origens da data e criticam a retirada dos direitos trabalhistas. Para este ano, em decisão inédita, todas as centrais sindicais do Brasil decidiram realizar atos unificados contra propostas defendidas pelo governo Bolsonaro.
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Edição: Rodrigo Chagas