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Economist aponta ligação de Bolsonaro com o crime

Considerada a bíblia do jornalismo global voltado para o mercado, a revista inglesa The Economist destaca nesta semana as conexões de Jair Bolsonaro com o crime organizado e as milícias do Rio de Janeiro; na esteira da notícia que revelou a atuação miliciana de um tio da primeira-dama, a repercussão das ligações com o crime na família Bolsonaro ganha projeção global e bloqueia qualquer possibilidade de resgatar a confiança econômica em um país que já ruma para a recessão

30 DE MAIO DE 2019 ÀS 23:37

247 – Considerada a bíblia do jornalismo global voltado para o mercado, a revista inglesa The Economist destaca nesta semana as conexões de Jair Bolsonaro com o crime organizado e as milícias do Rio de Janeiro. Na esteira da notícia que revelou a atuação miliciana de um tio da primeira-dama, a repercussão das ligações com o crime na família Bolsonaro ganha projeção global e bloqueia qualquer possibilidade de resgatar a confiança econômica em um país que já ruma para a recessão.  

A reportagem da revista britânica destaca: "como congressista, Jair Bolsonaro, o presidente populista do Brasil, defendeu as milícias, embora seja mais cuidadoso agora."

O texto prossegue: "as ligações de milicianos com os Bolsonaro podem provocar problemas. Houve um clamor após o assassinato em março do ano passado de Marielle Franco (…). Em março, dois ex-policiais foram presos por seu assassinato e acusados de pertencer a uma milícia na Zona Oeste do Rio. Um morava no mesmo condomínio do senhor Bolsonaro, sua filha namorou o filho (Renan) do presidente."

A matéria ainda postula que "outro dos filhos de Bolsonaro, Flávio, empregou a esposa e a mãe de um policial fugitivo acusado de liderar a mesma milícia. Flávio e o assessor que os contratou estão sob investigação por lavagem de dinheiro envolvendo negócios imobiliários. No dia 29 de maio, o tio da primeira-dama, Michele Bolsonaro, foi preso por suspeita de ligações com uma suposta milícia de grilagem de terras perto de Brasília. Todos negam envolvimentos com crimes."