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Rui Costa responde a Bolsonaro: “não vou colocar PM para espancar o povo baiano”

Após frase preconceituosa contra nordestinos, Bolsonaro mandou cercar o aeroporto com tapumes para evitar protestos durante inauguração

 

Foto: Reprodução/YouTube

 

Em entrevista na manhã desta terça-feira (23) à Rádio Metrópole, em Salvador, o governador Rui Costa afirmou que não vai “colocar Polícia Militar para espancar o povo baiano que quer conhecer o novo aeroporto”.

“Eu não posso colocar Polícia Militar para espancar o povo baiano que quer conhecer o novo aeroporto. Então, quem é impopular e tem medo de ir para às ruas, fica em seu gabinete. Se o evento é exclusivamente federal, as forças federais cuidem da segurança do presidente. Eu não posso colocar PM para entrar em conflito com as pessoas que querem ver o aeroporto”, disse.

 

 

O governador respondeu ao presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) que, após soltar frase preconceituosa contra nordestinos, mandou cercar a área do aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, com tapumes para que, quem estiver do lado de fora durante a sua inauguração, que acontece nesta terça-feira, não possa ver o presidente, que, assim, estará preservado das manifestações contrárias.

Bolsonaro tuitou, na manhã desta terça-feira, reclamando que o governador do estado, Rui Costa, “não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança”.

“Estou de partida para Vitória da Conquista para inauguração de aeroporto. Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral.”

 

Repúdio da Câmara

Em nota publicada nesta segunda-feira (22), a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista (BA) afirmou que não enviará representante para a inauguração do aeroporto Glauber Rocha que será realizada pelo presidente Jair Bolsonaro como uma espécie de comício pessoal, nesta terça-feira (23).

Segundo o texto publicado pela Câmara, os principais pontos que fizeram os vereadores seguirem por esse caminho foi a compreensão de que o evento “deveria ser um ato público, aberto a toda a população” e por dificuldades no credenciamento de todos os 21 vereadores do município baiano.

“A Câmara optou por não ter um representante legal no ato de inauguração. Acreditamos que, num momento tão importante como este, para o município e região Sudoeste [da Bahia], o aeroporto Glauber Rocha deveria estar de portas abertas para receber autoridades, imprensa e, acima de tudo, a população, que tanto almejou esse equipamento”, diz trecho da nota.

 

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