Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Moro divulgou a delação de Palocci às vésperas da eleição, mesmo tendo dúvidas sobre provas

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro achava fraca a colaboração do delator petista, mas a tornou pública por questões políticas.

 

“Russo comentou que embora seja difícil provar, ele é o único que quebrou a ormeta petista.” (Rafael Marchante/Reuters)

 

Aguarde mais informações!

Mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato, analisadas pela Folha de S. Paulo e o site The Intercept Brasil, indicam que o então juiz Sergio Moro levou em conta considerações políticas para divulgar, a apenas seis dias das eleições presidenciais de 2018, parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci. Conforme as conversas, o ex-magistrado tinha dúvidas sobre as provas apresentadas pelo delator do PT. No entanto, a colaboração dele era tida como relevante por significar a quebra de vínculos que uniam os petistas desde o início das investigações.

Segundo o procurador Paulo Roberto Galvão, em mensagens a colegas via Telegram, “Russo comentou que embora seja difícil provar, ele é o único que quebrou a ormeta petista”, se referindo a Moro e ao código de honra da máfia italiana. O acordo de delação de Palocci foi firmado com a Polícia Federal em março de 2018, após muitas críticas do Ministério Público Federal, que apenas se reconhecia como legítimo para firmar colaborações.

Tão logo a delação, ainda vazia de provas, tornou-se pública, ganhou destaque na mídia. Ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), à época, Moro negou a intenção de influenciar nas eleições. “Não deve o juiz atuar como guardião de segredos sombrios de agentes políticos de corrupção.”

Redação Dom Total///