Em uma atitude de conivência com o fascismo, o ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub, curtiu uma postagem que ameaçou representantes de estudantes neste final de semana. Uma imagem de tacos de baseball cobertos de arame farpado com a frase "Pedindo à UNE voltar ao MEC com badernas, que há docinhos para eles!!!", publicada no Twitter recebeu o sinal verde do atual chefe do MEC
A postura do ministro revela novamente a face autoritária do governo Bolsonaro com a pretensão de esvaziar mobilizações estudantis. Em uma gestão que flerta com medidas fascistas, dificultar a formação de laços sociais é uma das formas de se diminuir a força de manifestações políticas.
A União Nacional dos Estudantes repudiou a curtida. "O ministro da Educação curtindo publicações de ameaças à UNE e aos estudantes que estão em luta em defesa da universidade. Que absurdo, tomaremos as medidas cabíveis!", disse a instituição na rede social.
O novo presidente da UNE, Iago Montalvão, estudante de Economia na Universidade de São Paulo, postou a imagem no Instagram e classificou o caso como "gravíssimo". Afirmou que ele será denunciado e que "ameaças assim não podem passar impunes".
O ministro rebatia críticas que recebeu por uma declaração que deu na sexta (1), de que "a aspirina foi feita pelos nazistas". Weintraub também criticou a imprensa pelo que ele considera perseguição.
Em sua coluna no UOL, o jornalista Leonardo Sakamoto destaca que "data de 1899 o registro do nome ‘aspirina’ para o ácido acetilsalicílico e o início de sua venda". "O uso de elementos do composto para alívio de dores é conhecido há 3500 anos. O nazismo ascendeu e tomou o poder na Alemanha na década de 1930", afirma.
O ministro da educação @AbrahamWeint curtindo publicações de ameaças à UNE e aos estudantes que estão em luta em defesa da universidade. Que absurdo, tomaremos as medidas cabíveis! #ditaduranuncamais