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“Nada justifica tanto ódio”, diz Flavio Dino sobre piadas de procuradores ao falarem de mortes de familiares de Lula

O nome da ex-primeira-dama ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter e internautas ficaram chocados com a desumanidade

 

O ex-presidente no velório de Marisa Letícia (Foto: Ricardo Stuckert)
 
 

O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), comentou os novos diálogos de procuradores da Lava Jato publicados nesta terça-feira (27) pelo The Intercept e Uol, onde eles falam sobre as mortes da ex-primeira-dama Marisa Letícia, o irmão do ex-presidente Lula, Vavá, e de seu neto Arthur de apenas 7 anos. Em publicação no Twitter, Dino repudia as conversas reveladas pela Vaza Jato e cobra desculpas à família do ex-presidente: “Meu profundo repúdio a ironias acerca de mortes e tragédias na família do ex-presidente Lula ou de qualquer outra pessoa. Nada justifica tanto ódio. Deveriam ter a dignidade de pedir desculpas à família. É o mínimo”.

“Estão eliminando as testemunhas…”, disse o procurador Januário Paludo, em conversa em chat no Telegram sobre Marisa Letícia. “Querem que eu fique pro enterro?”, ironizou a procuradora Jerusa Viecili. Já a procuradora Laura Tessler mostrou sua frieza ao fazer comentários sobre uma entrevista de Lula, onde ele dizia como Marisa sofreu com os abusos da Lava Jato, entre eles, a divulgação de um áudio privado de Marisa com seu filho, pelo então juiz Sergio Moro. “Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela. Dona Marisa perdeu motivação de vida, não saía mais de casa, não queria mais conversar nada”, disse Lula à época.

O nome da ex-primeira-dama ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta terça. “Alguns vazamentos doem mais que outros. Essa gente perdeu qualquer traço de humanidade, é gente lixo mesmo. Essa Laura Tessler é das piores”, afirmou a jurista Carol Proner.

“’O safado só quer passear’, ‘é como ir a enterro da esposa de líder de uma facção do PCC’, ‘ele quer se humanizar’. Foi difícil ler os comentários de procuradores sobre as mortes de parentes do Lula. Fica claro que não pensam nele como um ser humano”, destacou a editora do The Intercept Amanda Audi. 
 
Para o jornalista da Globo Chico Pinheiro as conversas trazidas à tona são uma “revelação de caráter” dos procuradores. Nas redes sociais, internautas chamam a atenção para o sadismo e desumanidade ao falarem sobre a morte dos parentes. “São pessoas desprovidas de sentimento e respeito pelo próximo. São apenas seres, não merecem a denominação de humanos”, escreveu o jornalista Florestan Fernandes.