O novo capítulo da Vaza Jato revela que policiais e procuradores omitiram diálogos do ex-presidente Lula que comprovam que sua intenção jamais foi se blindar das investigações da Lava Jato. Lula pretendia apenas garantir a governabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff. Com a manipulação dos diálogos, que foram vazados por Sergio Moro para a Globo, a Lava Jato mudou a história do Brasil, impedindo a posse de Lula, derrubando Dilma e permitindo a ascensão do fascismo representado por Jair Bolsonaro
"Os diálogos, que incluem conversas de Lula com políticos, sindicalistas e o então vice-presidente Michel Temer (MDB), revelam que o petista disse a diferentes interlocutores naquele dia que relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só o aceitou após sofrer pressões de aliados. O ex-presidente só mencionou as investigações em curso uma vez, para orientar um dos seus advogados a dizer aos jornalistas que o procurassem que o único efeito da nomeação seria mudar seu caso de jurisdição, graças à garantia de foro especial para ministros no Supremo", aponta ainda a reportagem.
O grampo ilegal de Moro foi divulgado pela Globo no dia 16 de março de 2016. Com base nas conversas divulgadas pelo ex-juiz, o ministro Gilmar Mendes, do STF, anulou a posse de Lula dois dias depois, em 18 de março. Com o aprofundamento da crise política, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment em abril e afastou Dilma do cargo, lembra a reportagem.