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ONU rejeita Bolsonaro e convida governador do Nordeste para discursar na Cúpula do Clima

A ONU vetou o discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima em Nova Iorque mas confirmou o discurso do socialista Paulo Câmara(PSB), governador de Pernambuco

 

Foto: PSB

 

Diante do isolamento internacional de Jair Bolsonaro, o Nordeste brasileiro começa a despontar como alternativa para as relações diplomáticas do Brasil na área ambiental. Depois de rejeitar o discurso do presidente brasileiro na Cúpula do Clima, que acontece em Nova Iorque (EUA) a partir de segunda-feira (23), a Organização das Nações Unidas (ONU) convidou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), para discursar representando o Nordeste.

Câmara teve o nome referendado por outros governadores nordestinos que compõem o Consórcio do Nordeste, que se reuniu na última segunda-feira (16) em Natal (RN).

De acordo com a assessoria do socialista, a ONU convidou o governador para discursar na Cúpula do Clima por conta de seu trabalho na área do meio ambiente, e citou como exemplo a recuperação e ampliação da reserva de caatinga e de Mata Atlântica, localizada na área próxima ao Horto de Dois Irmãos, entre outros projetos ambientais.

Pelo Twitter, Câmara, que embarca para Nova Iorque no domingo (22), comemorou.  “Ao contrário do que, infelizmente, vemos no Brasil, aqui em Pernambuco apostamos na convergência para avançarmos conjuntamente. Que o futuro nos reserve muita cooperação e parceria”. O discurso do governador será na abertura do evento, segunda-feira (23), um dia antes do início da Assembleia Geral da ONU, também em Nova Iorque.

 

Na última quarta-feira (28), Câmara se reuniu em Pernambuco com Thomas Bareiss, ministro de Economia e Energia da Alemanha. Na reunião, de acordo com informações do Diário de Pernambuco, o alemão criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro com relação à pauta ambiental.

O Brasil não foi incluído na lista dos países que vão ter direito a fala durante a Cúpula de Ação Climática da ONU, que acontece em Nova York um dia antes da Assembleia, por não apresentar metas ambiciosas para a contenção do aquecimento global.

Segundo Luis Alfonso de Alba, enviado especial da secretaria-geral da ONU, a organização pediu que países enviassem um plano para aumentar a ambição internacional com os compromissos climáticos e, a partir deles, algumas nações seriam escolhidas para “inspirar”. “O Brasil não apresentou nenhum plano para aumentar o compromisso com o clima”, disse Alba ao blog Ambiência, da Folha de S. Paulo.

O país chegou a ser considerado uma das referências mundiais em diplomacia ambiental, tendo sido fundamental para a construção do Acordo de Paris, firmado em 2015.