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Bolsonaro acentua as arestas e afasta aliados

 

 

Foto: GGN//

 

 

 

 

“O Brasil assumiu o papel de vilão global”. Assim o ex-ministro e diplomata Rubens Ricupero resumiu o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU. “Um discurso tão belicoso quanto o de Bolsonaro é quase uma aula de antidiplomacia. Além de ter acentuado o lado negativo ao falar do meio ambiente, ele hostilizou muita gente no Brasil e no exterior. E atacou a própria ONU.”



Mesmo quando defendeu a soberania sobre a Amazônia brasileira – “Quero reafirmar minha posição de que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da floresta amazônica, ou de outros biomas, deve ser tratado em pleno respeito à soberania brasileira” – Bolsonaro não o fez sem criar arestas, especialmente com o presidente da França, Emmanuel Macron. Para Ricupero, o brasileiro falou para os 12% de bolsonaristas aficionados.



O ex-ministro Ricupero alertou para o preço que o país pagará pela estratégia de confrontação: “Nenhuma empresa transnacional que prioriza boas práticas ambientais fará grandes investimentos no Brasil após esse discurso. Países isolados também têm dificuldades para se eleger para postos internacionais”, afirmou.



“Bolsonaro começou fazendo um discurso que mais parecia saído de um período de Guerra Fria, com referências o tempo todo aos riscos do socialismo no Brasil, algo que pareceu um pouco fora de tom quando consideramos o que é a realidade contemporânea, um mundo claramente pós-Guerra Fria onde as questões não se resolvem mais nesse embate entre capitalismo e socialismo”, avaliou o professor de Política Internacional da Uerj Paulo Velasco em entrevista à agência Sputnik Brasil

 

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