O trabalho dos parlamentares no Congresso Nacional foi marcado, nesta semana, pela aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência no plenário do Senado e pela repercussão dos dados divulgados pelo Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023
O trabalho dos parlamentares no Congresso Nacional foi marcado, nesta semana, pela aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência no plenário do Senado e pela repercussão dos dados divulgados pelo Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023.
O documento, elaborado pelo SENAI, mostra que o país vai precisar capacitar 10,5 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação profissional e aperfeiçoamento nos próximos quatro anos.
Na avaliação do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), a demanda da indústria nacional por técnicos profissionais abre janelas de oportunidades para os jovens trabalhadores de todos os estados. Ele lembra que a profissão técnica pode contribuir para mudar a realidade de milhões de brasileiros que estão desempregados. “A educação profissional é absolutamente fundamental para a juventude no tempo presente. Nós estamos inclusive no meio da quarta revolução industrial (Indústria 4.0) e a qualificação para o trabalho passa, sobretudo, por uma boa educação profissional”, pontou o parlamentar.
Para o deputado federal Sebastião Oliveira (PL-PE), a educação técnica é uma ferramenta fundamental na geração de oportunidades para a população mais pobre. “É fundamental essa excelência de conhecimento para inserção da juventude no mercado de trabalho. Isso é feito por meio da capacitação, de cursos técnicos. Esses instrumentos são fundamentais na capacitação para o mercado de trabalho, para a indústria e para a área de serviços, por exemplo. Aqui em Pernambuco, foi o que alavancou o crescimento do estado”, ressaltou.
Já o deputado federal Rodrigo Coelho (PSB-SC) considera que a educação profissional é uma ferramenta estratégica para que o país volte a crescer. “Reconhecemos a importância que tem e o quanto o ensino do SENAI em todo o Brasil é qualificado. Acredito que esse, inclusive, é o caminho para ajudar na retomada do crescimento econômico e na geração de empregos”, aponta.
Previdência
Por 56 votos favoráveis contra 19 contrários, o plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, a reforma da Previdência (PEC 6/2019). Como a PEC altera trechos da Constituição, o texto precisa passar por uma segunda votação e ter o apoio mínimo de 49 dos 81 senadores. Segundo calendário divulgado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a previsão é que isso ocorra na próxima semana.
Dos 10 destaques apresentados à redação principal, apenas um foi aprovado pelos senadores. Ele exclui as mudanças nas regras do abono salarial, benefício anual de um salário mínimo pago ao trabalhador de empresas, entidades privadas e órgãos públicos contribuintes do PIS ou PASEP.
Pelo texto aprovado na Câmara, o pagamento desse benefício seria restrito a quem recebe até R$ 1.364,43 por mês. Dessa forma, permanece em vigor as regras atuais, que estabelecem o repasse aos trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996).
Para o relator da Previdência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), a aprovação da proposta em primeiro turno atende a um apelo popular. Segundo o parlamentar, a PEC deve gerar uma economia de R$ 876 bilhões em dez anos e um alívio aos cofres públicos.
“O Brasil todo está esperando por isso. Eu sou testemunha viva disso. Aonde eu chego, as pessoas cobram se ‘sai ou não sai essa reforma’. É uma obrigação nossa dar uma resposta a esse povo que está esperando o nosso trabalho”, disse.
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