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Campanha de ministro teve dinheiro em mala e serviço sem recibo, diz dirigente do PSL

 

Ex-presidente do PSL em Minas, Marcelo Álvaro Antônio é acusado por candidata de tê-la chamado para ser candidata-laranja

 

Uma dirigente do PSL de Minas Gerais afirmou em depoimento à Polícia Federal que parte dos gastos da campanha do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi pagos dois dias antes da eleição, por meio de dinheiro vivo, transportado em uma mala da grife Lacoste.

Vice-presidente da sigla em Conselheiro Lafaiete (MG), Ivanete Maria da Silva Nogueira falou à PF duas vezes Na última vez, em 27 de agosto, ela entregou documentos de comprovação de contratação de panfleteiros e de um salão para o lançamento regional da campanha de Álvaro Antônio, que foi o deputado federal mais votado do estado. As informações são da Folha de S.Paulo.

De acordo com as investigações, nenhum desses dois serviços foram declarados à Justiça pelo partido ou por Álvaro Antônio. Em seu depoimento à PF, Ivanete afirmou que um assessor do então candidato não quis receber os recibos dos gastos.

Os dois depoimentos da dirigente do PSL fazem parte do inquérito que investiga a relação do ministro do Turismo com possíveis candidaturas-laranjas em Minas Gerais. Ele foi indiciado e denunciado nas apurações sob a acusação de três crimes.

A PF sugeriu a abertura de um novo inquérito para averiguar possível uso de caixa dois na campanha do atual ministro. O relato de Ivanete é um dos indícios que embasam o pedido. Cabe ao promotor do caso requisitar formalmente essa investigação.

A dirigente conta que Álvaro Antônio afirmou a ela, pessoalmente, que todas as tratativas referentes a pagamentos de campanha seriam feitas com Jandir Vieira Siqueira, à época, assessor do então candidato.

"No dia 5 de outubro de 2018 [dois dias antes da eleição], Jandir entregou à declarante a quantia de R$ 17 mil em dinheiro […] A quantia estava guardada em uma caixa branca da marca Lacoste", afirma trecho da transcrição do depoimento.

No depoimento, Ivanete afirma que entrou em contato com Jandir, após as eleições, "para entregar os recibos do pessoal que havia trabalhado na campanha de Marcelo, mas Jandir disse que não precisava e que estava tudo ok. […] Depois disso, Jandir não atendeu mais as ligações".

 

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