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Dia do Professor: Educação enfrenta ameaças conservadoras e corte de verbas em governo Bolsonaro

Escola sem Partido, "PEC do fim do mundo" e escolas cívico-militares: relembre os principais ataques do governo de Jair Bolsonaro contra o ensino público no país

 

No primeiro Dia do Professor celebrado sob o governo de Jair Bolsonaro (PSL), a retrospectiva que se faz das ações do presidente e de seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, não é das mais animadoras. O ano de 2019 foi marcado por amplos cortes nos orçamentos de universidades federais e bolsas de pesquisa, assim como o incentivo à perseguição e à censura aos mestres.

Desde o começo do ano, o MEC tem anunciado diversos cortes em bolsas de pesquisas, como as que são financiadas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Recentemente, por conta dos protestos contra tal medida impopular, Jair Bolsonaro (PSL) anunciou a liberação de 679 bolsas que haviam sido congeladas.

 

No entanto, mesmo com esse anúncio, o corte continua a atingir 7.590 benefícios, equivalente a 8% do que havia no início do ano e comprometendo o ingresso de novos pesquisadores. O CNPq também enfrenta cortes e possui R$ 330 milhões de déficit em seu orçamento.

A situação da educação para o próximo ano deve permanecer na mesmice. O projeto de lei orçamentária de 2020 prevê uma forte queda dos recursos da Capes, passando de R$ 4,25 bilhões previstos em 2019 para R$ 2,20 bilhões em 2020.

Ainda, recentemente, o presidente vetou integralmente um projeto de lei que tramitava desde 2015 e prevê a exigência de prestação de serviços de psicologia e serviço social nas redes públicas de educação básica. Psicanalistas e educadores rechaçaram o veto e alegaram ser mais uma decisão de Bolsonaro contrária ao desenvolvimento da educação brasileira.

Confira mais algumas medidas que comprometem diretamente a qualidade do ensino público no Brasil:

 

PEC do fim do mundo

Outro agravante do governo Bolsonaro para a educação foi o congelamento dos investimentos no serviço público por 20 anos instituído pela Emenda Constitucional 95, conhecida como a “PEC do fim do mundo”. Tal medida inviabiliza o Plano Nacional de Educação e a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a melhoria da educação pública, que seria o ideal.

Escolas cívico-militares

Uma das principais propostas do governo Bolsonaro para a educação, até então, é a implantação do modelo de escolas cívico-militares no estados. No entanto, medida tem sido alvo de ataque por diversos governadores, que encaram o modelo como elitista e caro para os cofres públicos, além de não prever investimentos em estrutura ou na melhoria da qualidade do ensino dos alunos.

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que cada aluno de colégio militar custa ao Brasil três vezes mais do que o aluno de escola pública: R$ 19 mil por aluno de escola militar e apenas R$ 6 mil para os de escolas públicas.

Escola sem Partido

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das principais apoiadoras do presidente Bolsonaro, apresentou novamente este o ano o projeto da Escola sem Partido, que está em fase inicial de tramitação.

O movimento corresponde a uma das principais bandeiras do governo Bolsonaro, pois alega combater a “doutrinação” política ou ideológica supostamente feita pelos docentes. Como medida, o Escola sem Partido defende atitudes como filmar professores em sala de aula.

 

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