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Ex-presidente Lula é libertado após 580 dias preso em Curitiba

Multidão de partidários e apoiadores acompanhou a saída do ex-presidente da Superintendência da Polícia Federal

 

Multidão de partidários e apoiadores acompanhou a saída do ex-presidente da Superintendência da Polícia Federal (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)

 

Após 580 dias preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba nesta sexta-feira (8), menos de 24 horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância. O alvará de soltura foi determinado pelo juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal.  

"580 dias gritaram aqui: ‘bom dia, Lula, boa tarde, Lula, boa noite, Lula. Não importa se estivesse chovendo, que estivesse 40 graus, que estivesse zero grau. Todo santo dia, vocês eram o alimento da democracia", afirmou.

Uma multidão de partidários e apoiadores fez vigília à espera do ex-presidente, condenado em duas instâncias no caso do tríplex. Lula ficou 1 ano e 7 meses preso e agora terá o direito de recorrer em liberdade. Ele só vai voltar a cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias após o trânsito em julgado. Paralelamente, a defesa do ex-presidente espera o julgamento no STF sobre a suspeição de Sergio Moro, o que pode anular todas as sentenças.

Apesar da liberdade,  a professora de Direito Constitucional da Dom Helder Escola de Direito, Lara Marina Ferreira, explica que ele não pode ser candidato. Isso porque a impossibilidade de candidatura dele não deriva do fato de a pena estar sendo executada ou não. “A inelegibilidade decorre de uma decisão de órgão colegiado. E isso ocorreu no ano passado, com a confirmação da condenação dele pelo TRF-4. Portanto, a inelegibilidade já está caracterizada.”

Próximos passos

De acordo com a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffman, Lula já teria programado atos públicos ao sair da prisão. O primeiro deles será uma visita à vigília que se formou em abril do ano passado em frente ao local onde está preso, algo que o ex-presidente já manifestou diversas vezes, em cartas, ao prometer que um dia iria agradecer pessoalmente os militantes.

O ex-presidente deve dormir esta noite em Curitiba e amanhã seguir para São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ainda de acordo com a presidente do partido, Lula iria para o sindicato dos metalúrgicos do ABC "encontrar a militância".

A defesa do ex-presidente entrou com o pedido de soltura na manhã desta sexta e no início da tarde o advogado Cristiano Zanin foi para a sede da Justiça Federal esperar uma audiência na Vara de Execuções Penais. De acordo com a assessoria do Tribunal, a juíza Carolina Lebbos, que tem sido a responsável pelas decisões no caso de Lula, está de férias.  Por isso,  Danilo Pereira foi o magistrado responsável.

 

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