Cinco apoiadores de Evo Morales foram mortos por policiais e militares na sexta-feira (15), nos arredores de Cochabamba, na Bolívia. Os corpos de Omar Calle, César Sipe, Juan López, Emilio Colque e Lucas Sánchez foram levados em caixões até as imediações da ponte Huayllani, onde foram assassinados, por uma multidão que pedia por Justiça.
Outras 34 pessoas ficaram feridas e mais de cem foram presas, segundo o líder do povo de Cochabamba, Nelson Cox, com confirmação posterior pelo ministério da Presidência da Bolívia.
O confronto ocorreu quando forças leais a Evo Morales se concentraram na cidade de Sacaba, capital da província de Chapare, e iniciaram uma marcha em direção à cidade de Cochabamba, que fica a cerca de 13 quilômetros de distância, e de onde seguiriam rumo a La Paz.
No caminho, próximo a ponte Hyayllani, na tarde desta sexta-feira, policiais de Cochabamba, que dão apoio ao golpe, fizeram um cerco e reprimiram com violência os manifestantes.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou em comunicado o “uso desproporcional da força policial e militar”, confirmando os cinco mortos e apontando que havia um número indeterminado de feridos. A CIDH acrescentou que “as armas de fogo devem ser excluídas dos dispositivos utilizados para controlar os protestos sociais”.
No Twitter, o ex-presidente Evo Morales, que está asilado no México, pediu “às Forças Armadas e à polícia que parem o massacre”. “O uniforme das instituições da pátria não podem ser manchadas com o sangue do nosso povo”, escreveu na rede social.
Pedimos a las FFAA y a la Policía Boliviana que paren la masacre. El uniforme de las instituciones de la Patria no puede mancharse con la sangre de nuestro pueblo.
Editoria: Internacional
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