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Globo faz lobby pela volta do dinheiro privado, base de toda corrupção, à política

Depois de instrumentalizar o "combate à corrupção" para demonizar governos progressistas e conseguir implantar uma agenda neoliberal no Brasil, a Globo agora defende que empresas voltem a financiar a política – o que reabriria a torneira para novos escândalos decorrentes do financiamento empresarial de campanhas

 

 

 

7 de dezembro de 2019, 06:25 h 247 –

 

 

 

247/Mesmo depois de vários escândalos de corrupção no Brasil decorrentes do financiamento empresarial de campanhas, que foi criminalizado no Brasil pela mídia corporativa para que fosse possível derrubar governos progressistas e implantar uma agenda neoliberal, a Globo agora defende que empresas privadas voltem a ser liberadas a doar recursos para candidaturas políticas. Em editorial publicado neste sábado, a Globo comnate o único legado positivo da Lava Jato, que é o financiamento público de campanhas. "Grupos políticos que se esforçavam para aprovar o financiamento público integral e a adoção do sistema eleitoral por lista fechada, para aumentar o poder dos caciques partidários — o PT sempre esteve à frente deste bloco —, conseguiram uma grande vitória, mesmo parcial. Não veio o voto em lista, mas foram usados com esperteza os escândalos do petrolão e outros, em que grandes empresas privadas se envolveram em esquemas políticos para assaltar estatais (Petrobras, Furnas, Eletrobras etc.), com a finalidade de levar o Supremo a ver no financiamento público a chave da moralidade", diz o texto.

 

 

"Cabe ao presidente Bolsonaro vetar o inchaço do Fundo Eleitoral. A questão, porém, é mais ampla, tem a ver com o sistema de financiamento instituído depois que o STF alijou as empresas das finanças da política. A realidade mostra que este mundo continua envolto em sombras, com o Tesouro pagando uma conta crescente. Trocou-se o custo da corrupção arcado pelo contribuinte pelo preço da avidez do Congresso em inflar o orçamento da política, também pago pelo Erário.

 

É preciso repensar as contribuições de empresas em novos moldes, assentados num sistema de freios e contrapesos que, além de reduzir o fardo sobre os contribuintes, garanta a lisura entre partidos, políticos e seus financiadores", diz ainda o texto. Na prática, a Globo defende que empresas privadas sejam autorizadas novamente a sequestrar a agenda pública do País, por meio do financiamento privado de campanhas.