Ex-bolsonarista, Selma migrou para o Podemos tentando se salvar da decisão do TSE, ditada nesta terça-feira
Senadora Selma Arruda (PSL-MT) – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Por 5 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já formou maioria em favor da cassação da senador Selma Arruda, ex-juíza federal do Mato Grosso conhecia como “Moro de Saias”, em referência ao atual ministro da Justiça. Ainda resta o voto de um dos magistrados mas, a menos que o último a votar peça vistas do processo, Arruda vai sair do julgamento sem o mandato por abuso de poder econômico.
Eleita em 2018 para o posto, Selma Arruda perde sua cadeira no Senado com menos de um ano de legislatura por irregularidades na campanha eleitoral. Segundo o TSE, a ex-juíza cometeu crime de abuso do poder econômico e arrecadação ilícita de recursos. O primeiro a votar foi o ministro relator Og Fernandes, na última quarta-feira (4). Ele negou o recurso apresentado por Arruda e votou por manter “as punições aplicadas pela Corte Regional contra Selma e seus suplentes por propaganda eleitoral produzida antes do período oficial de campanha”.
Segundo o jornalista André Shalders, da BBC Brasil, os ministros Felipe Salomão, Tarcísio Vieira, Rosa Weber e Luis Roberto Barroso acompanharam o relator.
Edson Fachin foi o voto divergente. Ainda falta votar o ministro Sérgio Silveira Banhos.
O Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso apontou que a candidata e Gilberto Possamai, seu primeiro suplente, omitiram à Justiça Eleitoral um valor de R$ 1,5 milhão usado para contração de empresas de marketing e pesquisa na pré-campanha, configurando Caixa 2 e antecipação da campanha eleitoral. Arruda e Possamai estão inelegíveis por oito anos. A 2ª suplente, Clerie Mendes, foi poupada da punição de inegibilidade, mas a chapa inteira foi cassada. Novas eleições devem ser realizadas no Mato Grosso.
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