“O filme fala sobre o fenômeno global de como as democracias morrem hoje. Não com tanques, não com os militares assumindo, mas com a erosão das instituições, a disseminação de fake news, e campanhas de mídia social" , disse ela.
4 de fevereiro de 2020, 06:50 h
247 – É impossível dizer se a cineasta Petra Costa levará ou não o Oscar, mas já se pode dizer que ela fez história ao demonstrar como a democracia brasileira foi violentada no golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, retratado no filme Democracia em Vertigem, que, no próximo domingo pode levar a estatueta de melhor documentário. “O filme fala sobre o fenômeno global de como as democracias morrem hoje. Não com tanques, não com os militares assumindo, mas com a erosão das instituições, a disseminação de fake news, e campanhas de mídia social" , disse ela, em entrevista à CNN. Petra despertou a ira de golpistas, como Pedro Bial, biógrafo chapa-branca de Roberto Marinho, que vestiu a carapuça, e inclusive do governo brasileiro, que feriu a constituição ao chamá-la de militante anti-Brasil, mas recebeu o apoio de artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso, e também de alguns dos maiores cineastas do mundo, como o alemão Wim Wenders.