Nova operação da Lava Jato prende envolvidos em pagamento de propinas a conselheiros do TCE do Rio de Janeiro.
Astério Pereira foi procurador da Justiça e secretário nacional de Justiça do governo de Michel Temer (Marcelo Camargo/ ABr)
A Polícia Federal abriu nova fase da Operação Lava Jato na cidade do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense nesta quinta-feira (5), e prendeu Astério Pereira dos Santos, ex-procurador da Justiça e ex-secretário nacional de Justiça do governo de Michel Temer. Astério, que foi secretário de Administração Penitenciária do governo Rosinha Garotinho no RJ, entre 2003 e 2006, foi detido em casa, no bairro do Leblon, área nobre da cidade, disseram duas fontes com conhecimento direto da operação. Segundo o Ministério Público Federal, outras 14 pessoas foram denunciadas por envolvimento em pagamento de propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e de lavagem de dinheiro através de contratos na Secretaria estadual de Administração Penitenciária (SEAP). A PF informou que esta rede seria organizada por empresários e agentes públicos com apoio de dois escritórios de advocacia.
O dinheiro recebido por meio desse esquema estaria sendo dissimulado para pessoas jurídicas, laranjas e familiares dos acusados. Até por volta das 7h25, sete pessoas tinha sido presas. A corporação faz ainda buscas em 32 endereços. As ordens foram expedidas pelo juiz da 7ª Vara Federal Marcelo Bretas. Em 2017, a operação Lava Jato deteve quase todos os conselheiros do TCE fluminense, por suspeita de envolvimento no esquema de propina do ex-governador Sérgio Cabral. Os conselheiros ganhavam mesada em troca de favores para o ex-governador. Cabral fez delação premiada com a PF e, segundo fontes, prometeu no acordo apresentar novidades nos foros estadual e federal sobre seu esquema de corrupção.
Agência Estado/ Reuters / Dom Total///