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Na contramão mundial, Bolsonaro fala em ‘superdimensionamento’ do Covid-19

Além de incentivar e participar de protestos com aglomerações, presidente minimiza coronavírus.

 

Até Donald Trump, inspiração de Bolsonaro, trata a pandemia com a seriedade que a situação merece (Alan Santos/PR)

 

Líderes e organizações mundiais anunciaram nesta segunda-feira (16) medidas drásticas para conter o avanço do Covid-19. Nos Estados Unidos, Donald Trump admitiu que o país ‘esteja entrando em recessão devido à pandemia de coronavírus que abalou a economia global’. Na França, o presidente Emmanuel Macron anunciou confinamento total de todos os seus cidadãos a partir desta terça-feira (17). Na contramão da ação global contra a doença, o presidente Jair Bolsonaro disse hoje que “está havendo um superdimensionamento nesta questão”. Os casos confirmados do novo coronavírus alcançaram 234 no Brasil, sendo 134 infecções confirmadas de sexta-feira (13) até esta segunda-feira (16). “Existe o perigo, mas está havendo um superdimensionamento nesta questão. Nós não podemos parar a economia”.

No esforço para combater a pandemia, a União Europeia fechará suas fronteiras a partir desta terça-feira (17). "A pandemia de Covid-19 é uma tragédia humana e uma crise sanitária global, que também traz grandes riscos para a economia mundial", disseram os dirigentes do grupo dos sete países, por meio de comunicado publicado após uma cúpula extraordinária por videoconferência. No mesmo sentido, os presidentes dos países membros do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosur) proteger suas fronteiras e promover a compra conjunta de suprimentos médicos devido à disseminação do novo coronavírus na região. A decisão foi tomada após reunião por vídeo conferência. Bolsonaro foi o único presidente que não participou. Participaram da conferência Sebastian Piñera, do Chile; Alberto Fernández, da Argentina; Jeanine Añez, da Bolívia; Iván Duque, da Colômbia; Lenin Moreno, do Equador; Mario Abdo, do Paraguai; Martín Vizcarra, do Peru; Luis Lacalle Pou, do Uruguai; e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo. Rússia e Canadá são outros países que anunciaram fechamento de fronteiras.

Estados Unidos

Donald Trump admitiu que a pandemia de coronavírus que abalou a economia global.Questionado em uma entrevista coletiva na Casa Branca se, após o colapso do mercado de ações, é possível uma recessão nos Estados Unidos, o presidente respondeu: "Pode ser", disse. "Não pensamos em termos de recessão. Pensamos em termos de vírus", declarou. Em relação ao avanço da doença, o presidente americano declarou que a pandemia da Covid-19, que matou milhares de pessoas no mundo, pode terminar em julho nos Estados Unidos. "Meu governo recomenda que todos os americanos, incluindo os mais jovens e mais saudáveis, evitem se reunir em grupos de mais de 10 pessoas", afirmou. Sobre o cancelamento das eleições primárias democratas previstas para esta terça em quatro estados do país devido às medidas de combate à pandemia, Trump declarou. "Deixo isso nas mãos dos estados, é algo importante adiar uma eleição … mas acho que adiar é desnecessário". Quem defende o adiamento é o governador de Ohio, que ao lado da Flórida, Illinois e Arizona decide nesta terça quem será o candidato democrata a evitar a reeleição de Trump em novembro, pensa diferente. É minha recomendação que seja adiada a votação presencial até 2 de junho de 2020", disse o governado, acrescentando que uma ação será movida para adiar as eleições "até essa data". Trump observou que a pandemia, que deixa milhares de mortos e atrapalha a vida diária em grande parte do planeta, pode terminar em julho ou agosto nos Estados Unidos. "Se fizermos um bom trabalho… está se falando em julho, agosto, algo assim", disse Trump quando perguntado quanto tempo o surto poderia durar.

Rússia

A Rússia fechará suas fronteiras desta quarta-feira a 1º de maio a cidadãos estrangeiros, com exceção de residentes permanentes no país. Segundo um comunicado, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin alertou vários chefes de governo para a entrada em vigor desta medida a partir da meia-noite de quarta-feira para proteger a "saúde pública" na Rússia, que até agora tem 93 pessoas infectadas com o novo coronavírus. Alemanha A Alemanha registrou mais de 1.000 novos casos de infecção por coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o número total para 6.012, anunciou nesta segunda-feira o Instituto Robert-Koch, especializado em combater epidemias. Entre domingo e segunda-feira, 1.174 novos casos foram confirmados, segundo esta fonte, e 16 pessoas morreram no país.

 

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