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Remédio contra malária é testado como alternativa ao novo coronavírus

A FDA limitou-se a dizer que a cloroquina já foi efetivamente aprovada para o tratamento da malária e da artrite, mas não para o coronavírus.

 

O presidente Donald Trump em uma coletiva na Casa Branca (AFP)

 

 

O presidente americano, Donald Trump, se mostrou otimista nesta quinta-feira (19) sobre o uso de cloroquina, um medicamento contra a malária, como possível tratamento para combater o novo coronavírus, ainda que as autoridades de saúde tentem controlar o seu entusiasmo. A primeira potência mundial, que demorou bastante para disponibilizar os testes de Covid-19, registra mais de 10 mil casos confirmados. O número de mortos passa de 150. "Vamos poder fazer com que esse medicamento esteja disponível quase de imediato", disse Trump a jornalistas em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, fazendo referência aos resultados preliminares "muito, muito animadores". "É muito emocionante. Penso que isso pode mudar a situação, ou não. Mas pelo que vi, pode mudar as coisas", disse. Segundo um estudo chinês publicado em meados de fevereiro, um ensaio clínico feito em uma dezena de hospitais trouxe resultados promissores a partir de testes em mais de 100 pacientes. No entanto, alguns cientistas mostram-se cautelosos pela ausência de dados clínicos sólidos e públicos.

Segundo Trump, o tratamento já foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão que supervisiona a comercialização de medicamentos nos Estados Unidos. "O presidente nos pediu para analisar esse medicamento. Queremos fazer isso implementando um ensaio clínico extenso e pragmático para obter informações e responder a todas as questões que possam surgir", disse o diretor da FDA, Stephen Hahn. Hahn acrescentou que a FDA está disposta a "eliminar todos os obstáculos" como forma de acelerar as inovações, mas também tem a "responsabilidade" de "garantir que todos os produtos sejam seguros e eficazes". A cloroquina é um medicamento barato usado contra a malária há décadas, e é recomendado para as pessoas que irão para as zonas afetadas pelo doença, transmitida pelos mosquitos.

 

Contra a China

 

Durante uma coletiva de imprensa, Trump adotou uma postura particularmente agressiva em relação a Pequim e ao surgimento do novo coronavírus. "Teria sido muito melhor se tivessem nos informado de tudo alguns meses antes, isso poderia tê-la contido na região da China de onde surgiu", afirmou o presidente. "O mundo paga um preço alto pelo que fizeram", ressaltou Trump durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca. O novo coronavírus que originou a pandemia de Covid-19 foi detectado pela primeira vez em dezembro, em Wuhan, na China. As autoridades de Pequim foram criticadas inicialmente pela falta de transparência e lentidão para reagir diante da propagação do vírus. No entanto, a China logo tomou medidas drásticas de confinamento da sua população, que tem registrado uma queda no número de casos que contrasta com o crescimento do mesmo no exterior. Nesta quinta-feira (18), pela primeira vez, as autoridades chinesas não registraram nenhum novo caso de contaminação no país. "Devemos acreditar no que estão dizendo agora? Espero que seja verdade", afirmou Donald Trump". "Quem sabe, espero que seja verdade", repetiu. Embora nos último dias Trump tenha adotado um tom mais neutro, nesta quinta também voltou a criticar os jornalistas por "Fake News". E ao ser questionado sobre a falta de preparação por parte dos Estados Unidos nos testes para detectar o vírus, se irritou. "Estávamos muito preparados. A única coisa para a qual não estávamos preparados era para a imprensa. A mídia não tem feito uma cobertura do assunto de forma honesta", disse.

 

 

 

AFP/dom total///