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Bolsonaro chama coronavírus de ‘gripezinha’; doença já matou 11 mil no mundo

Brasil está paralisado em razão do avanço da Covid-19, mas presidente mostra descaso com a crise mundial.

 

Presidente volta a tratar pandemia com descaso, indo na contramão do ministro da saúde e de líderes mundiais (Isac Nóbrega/PR)

 

 

No mesmo dia que o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertou para a possibilidade de colapso do sistema de saúde em abril em razão do novo Coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro foi na contramão nesta sexta-feira (20) e classificou a doença como "gripezinha". A pandemia de Covid-19 já matou onze pessoas no Brasil e mais de 11 mil no mundo. Líderes de todos os países, como Donald Trump, falam em guerra para combater o avanço do vírus. “Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar”, afirmou Bolsonaro, referindo-se à facada que recebeu durante a campanha presidencial em 2018. Desde o começo da pandemia, Bolsonaro minimiza o problema. Disse que o coronavírus era fantasia da mídia e que a imprensa estava ‘superdimensionando’ a doença. Além disso, convocou e participou de protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso no último dia 15, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha declarado pandemia. O comportamento do presidente é reprovado até por aliados políticos e muitos eleitores. Foram registrados panelaços em dois dias seguidos desta semana em várias capitais do país contra Bolsonaro.

Exames

Após divulgar o resultado negativo de dois exames para saber se está com coronavírus, Bolsonaro afirmou que poderá realizar um terceiro teste. Segundo ele, como tem contato com muitas pessoas, pode já ter sido infectado. "Estou bem. Fiz dois testes, talvez faça mais um até, talvez, porque sou uma pessoa que tem contato com muita gente. Recebo orientação médica", disse ele ao deixar o Palácio da Alvorada. Presente em todos os continentes, o novo coronavírus avança no Brasil, com registro de onze mortes. De acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, o país tem 904 casos confirmados. Diante do cenário de pandemia, países anunciam o fechamento das fronteiras, cancelam aulas e determinam quarentena a milhões de pessoas. Os impactos também são sentidos na economia mundial, com cancelamento de voos, oscilações nas Bolsas e no dólar e empresas colocando funcionários em home office.

 

 

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