Em meio à pandemia, China continua importando produtos agropecuários brasileiros
Foto: Agência Brasil
A pandemia de coronavírus deve derrubar exportações em geral no primeiro semestre deste ano, mas commodities agrícolas serão menos afetadas e podem ter recuperação rápida no segundo semestre, com o aumento de compras de alimentos para repor estoques nos países atingidos, dizem analistas e entidades que acompanham o comércio global. Em boletim divulgado na última semana, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) não identificava interrupção de importações chinesas de produtos agropecuários brasileiros.
“A corrida dos consumidores aos supermercados é a provável causa do aumento das vendas de itens básicos para a dieta chinesa. As vendas de alimentos on-line também cresceram 3% no mesmo período”, informou a entidade. Rupturas na indústria e no setor de serviços devem ser mais graves e mais longas, segundo os analistas. Mas tudo – até mesmo os rumos das exportações agrícolas – depende da duração da pandemia, de sua extensão e da gravidade das medidas tomadas para combatê-la. Órgãos como a agência da ONU para o comércio (Unctad) e a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que haviam feito previsões quando o surto da doença estava limitado à China, estão refazendo seus cálculos e dizem que ainda levará semanas para que o panorama fique mais claro. No momento, a pandemia já reduziu significativamente as previsões de crescimento em 2020 dos principais compradores de mercadorias brasileiras: a China, a Europa e os Estados Unidos.
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