Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Bolsonaro ameaça divulgar vídeo com Moro

247 – Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal por tentativa de interferência na Polícia Federal, Jair Bolsonaro prometeu divulgar a gravação da última reunião ministerial da qual o ex-ministro Sérgio Moro participou, no último dia 14 – antes de deixar o governo, o ex-juiz apontou crime de responsabilidade ao acusar Bolsonaro de tentar interferir na corporação, subordinada à pasta da Justiça.

 

 

No encontro, Bolsonaro cobrou que Moro se posicionasse publicamente sobre prisões, consideradas pelo ex-magistrado como "ilegais", de pessoas que furaram a quarentena imposta por prefeitos e governadores para evitar a propagação do novo coronavírus. O clima foi tenso. "Nossa reunião é filmada e fica no cofre lá o chip", comentou Bolsonaro, dizendo ter pedido autorização dos outros ministros para divulgar a cena. "Mandei legendar e vou divulgar. Tirem as conclusões de como eu converso com os ministros", acrescentou ele, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. Cada mais isolado politicamente, Bolsonaro voltou a fazer o discurso de campanha, na noite de terça-feira (28). "Eu sou uma das pessoas que mais apanham. Dói no coração", disse.

A crise política no governo aumentou em 2020 por causa da postura de Bolsonaro na crise do coronavírus, ao contrariar recomendações de autoridades de saúde e comparecer a algumas manifestações. Ele também pediu a reabertura do comércio e criticou a gestão da crise da covid-19 por parte de governos estaduais, principalmente, de João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ), dois potenciais adversários dele na eleição presidencial de 2022. Enquanto Bolsonaro defendia a reabertura de algumas atividades, o agora ex-titular da Saúde Luiz Henrique Mandetta era a favor do isolamento social. As divergência levaram à demissão do ministro. Depois Moro pediu demissão. Nesta crise, Bolsonaro avalia que "é muita trovoada para pouca chuva". Mas, de acordo com pesquisa Atlas Político, feita com 2.000 pessoas entre os dias 24 e 26 de abril, apontou que 54% apoiam o impeachment dele, que tem rejeição de 64,4%. Também vale ressaltar que o ministro do STF Celso de Mello determinou que os nomes de Bolsonaro e de Moro constem como investigados.

 

 

Brasil 247///