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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que só deixa o cargo “abatido à bala, removido à força”

Ministro afirmou que permanecerá até o fim do governo para tocar reformas. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

Após prometer enviar na próxima terça-feira sua proposta de reforma tributária, cobrada pelo Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (16) que fica no governo Jair Bolsonaro até o fim. Em um evento do mercado financeiro, ele chamou a atenção ao dizer que só deixará o cargo “abatido à bala”, mas depois se disse arrependido de ter usado a expressão. No entanto, advertiu que, se o governo ou o Congresso desistirem da agenda de reformas, terá que “ir para casa”. “Eu só saio abatido à bala, removido à força. Eu tenho missão a cumprir”, disse, quando questionado se ficaria até o fim do governo. Em seguida, o ministro explicou sua declaração: “Aliás, não posso nem brincar disso, abatido à bala. Isso é uma linguagem desagradabilíssima, não tem nada disso. Isso é uma forma de brincar, mas ser decisivo na afirmação”. Guedes disse que sua missão é cumprir a agenda de reformas estruturantes para a economia: “Nós temos uma agenda de reformas, é nesse sentido que eu digo que vou até o fim do governo, tem uma agenda a cumprir. Enquanto houver essa agenda a ser perseguida, eu estou aqui”. O ministro afirmou que se Bolsonaro ou o Congresso abandonarem essa agenda reformista, ele deixa o cargo. “Agora, se o presidente desistir da agenda, se o Congresso interditar a agenda, falar que não quer fazer a agenda, eu não tenho o que fazer, tenho que ir para casa”, completou.

Reforma administrativa

De acordo com o ministro, a reforma administrativa também está pronta, mas foi adiada por uma interpretação política da Presidência da República, uma vez que, à época em que o tema entraria no debate, houve os protestos no Chile e o Brasil havia acabado de aprovar a reforma da Previdência. Contudo, segundo Guedes, a administrativa foi “empurrada” para que o Congresso “processe” e, em troca, ajude com os marcos regulatórios. Guedes disse ainda que as medidas para estimular a concessão de crédito durante a crise devem começar a mostrar efeitos nos próximos dois, três ou quatro meses, para que se chegue rapidamente à ponta. “Crédito está saindo rapidamente”, disse. Afirmou também que no mesmo período o Brasil já terá “destravado as fronteiras dos investimentos”. Ainda segundo o ministro, embora a democracia brasileira esteja passando por um momento barulhento, com conflitos entre poderes, isto é algo normal em regimes democráticos. Afirmou também que prefere o barulho das democracias ao silêncio de regimes totalitários.

 

 

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