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Fiocruz aposta em vacinação contra o coronavírus a partir de 2021

Pesquisas da Universidade de Oxford sobre a segurança da vacina elevaram o nível de otimismo em todo o mundo

 

Foto: Reprodução

 

 

Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apostam em vacinação inicial contra a Covid-19 em fevereiro de 2021, para um público específico. A partir daí, a produção nacional das doses poderá garantir imunização à população em geral no Brasil, afirmou a vice-diretora de Qualidade da Bio-Manguinhos, Rosane Cuber Guimarães. Os recentes resultados de pesquisas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sobre a segurança da vacina contra a Covid-19 elevaram o nível de otimismo em todo o mundo.

As pesquisas das fases um e dois, exigidas pelo procedimento científico, descartaram efeitos adversos graves provocados pela vacina. Foram registrados relatos de pequenos sintomas, como dores locais ou irritabilidade, aceitos em vacinas contra outras doenças. O Brasil foi um dos países escolhidos para participar da fase três dos estudos, que testa a eficácia da vacina. Os testes, que estão a cargo da Universidade Federal de São Paulo e outras instituições parceiras, envolvem 5 mil voluntários de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

A expectativa é detectar a capacidade de imunização das doses e, a partir daí, a Fiocruz – parceira brasileira nas pesquisas de Oxford – receberá autorização para importar o princípio ativo concentrado, que será convertido inicialmente em 30 milhões de doses a serem aplicadas em parcela da população brasileira. Rosane Guimarães disse que, em dezembro deste ano, o Brasil receberá 15 milhões de doses e, em janeiro, mais 15 milhões. “Estamos recebendo agora apenas 30 milhões de doses porque precisamos, antes de liberar a vacina, ter certeza da comprovação da eficácia dela. Então, nós adquirimos 30 milhões de doses no risco e, se a vacina se comprovar eficaz, vamos receber mais 70 milhões de doses, totalizando, para o País, no primeiro ano, 100 milhões de doses de vacinas”, explicou. A Bio-Manguinhos será responsável pela transformação do princípio ativo e fará a formulação final das vacinas, além de envasar, rotular e entregar o material para que o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde faça a distribuição.

As primeiras doses devem ser destinadas aos grupos de risco, como profissionais de saúde e pessoas idosas, mas isso ainda está em debate. Caso as previsões se confirmem, a expectativa é de que o Brasil passe a produzir nacionalmente a vacina a partir do segundo semestre de 2021. “Paralelamente a isso, precisamos avaliar se será necessária apenas uma dose da vacina, se serão necessárias duas doses, se será necessário revacinar. São perguntas para as quais ainda não temos respostas. Os estudos vão continuar”, disse a especialista em vigilância sanitária.

 

 

O Sul///