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Bolsonaro repete fake news do ‘kit gay’ e promete ‘kit de ética e cidadania’ para os professores

Presidente disse que ‘grande parte do futuro do Brasil’ passa pelas mãos dos professores e disse que ‘a molecada tem que ser melhor instruída’.

 

O "kit gay" ao qual o presidente fez referência que nunca foi comprado pelo Ministério da Educação (MEC) (Alan Santos/PR)

 

 

O presidente Jair Bolsonaro apresentou nessa quinta-feira (15), iniciativa do governo para a educação básica. Durante a tradicional transmissão ao vivo semanal, o chefe do Executivo divulgou um kit de "ética e cidadania" intitulado "Um por todos e todos por um" direcionado para professores. O material foi produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Educação. O kit, segundo Bolsonaro, também tem uma versão digital e uma para os estudantes. O presidente fez referência ao "kit gay" para comparar com a nova proposta apresentada. "Que diferença, hein pessoal? Daquele kit de lá trás, vocês lembram? Aquele que ensinava o que os pais não admitiam. Aquela briga nossa contra a aquele partido lá de trás que realmente deseducava as crianças. Agora é diferente", declarou. O "kit gay" ao qual o presidente fez referência é um material de combate à homofobia que foi citado por ele em sua campanha eleitoral, mas que nunca foi comprado pelo Ministério da Educação (MEC) para ser distribuído nas escolas públicas. Durante a live, o presidente lembrou que hoje se comemora o Dia do Professor e citou que também é professor de educação física. Ele destacou que "grande parte do futuro do Brasil" passa pelas mãos dos professores e disse que "a molecada tem que ser melhor instruída"

‘Socialismo’

Na transmissão semanal ao vivo na internet, o presidente Jair Bolsonaro destacou há pouco uma publicação recente que fez suas redes sociais, em que criticou o modelo econômico adotado por Venezuela, Cuba e Argentina. Segundo o presidente, as economias dos três países vai mal por terem optado pelo socialismo, algo, na sua visão, quase ocorreu no Brasil "Tudo por optarem por um regime que não dá certo em lugar nenhum do mundo, o socialismo. O Brasil correu sério risco há pouco tempo, no meu entender", afirmou.

Corrupção

O presidente Jair Bolsonaro repetiu, em transmissão ao vivo nas redes sociais, a afirmação de que a Lava Jato "não funcionou" para o seu governo porque, segundo ele, não haveria corrupção na sua administração. Ele completou dizendo que para o Brasil a operação anticorrupção teria função e, "com toda certeza", haverá novos desdobramentos até o fim do ano. Na semana passada, Bolsonaro declarou, em evento no Palácio do Planalto, que a operação Lava Jato havia "acabado" porque não há corrupção em seu governo. Na quarta, para apoiadores, o mandatário reforçou a fala e afirmou que daria uma "voadora no pescoço" de quem se envolvesse em casos de corrupção no seu governo. Horas depois, veio à tona a operação de busca e apreensão que encontrou R$ 33.150,00 em espécie na cueca do então vice-líder do governo no Senado Chico Rodrigues (DEM-RR). Hoje, o parlamentar foi destituído do cargo de liderança. Agentes apreenderam em sua residência em Boa Vista (RR) outros R$ 10 mil e US$ 6 mil em um cofre. Ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, Bolsonaro sustentou que tenta "fechar os ralos da corrupção que possam estar acontecendo". Ele alegou que não é fácil combater a corrupção porque ela está, na visão do presidente, "enraizada".

Segurança

Mendonça aproveitou para comentar o caso do traficante André do Rap, solto por decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois derrubada pelo presidente da Corte, Luiz Fux. Hoje, o plenário do Supremo referendou o ato de Fux por nove votos a um. Segundo o ministro da Justiça, o fato de que o pacote anticrime determina reanálise de prisões preventivas a cada 90 dias não significa que o preso deve ser automaticamente solto ao fim desse prazo.

Bolsonaro acrescentou que jamais colocaria, nas suas palavras, "um elemento como este" em liberdade.

Além de tentar o tempo todo se desvincular do caso envolvendo Rodrigues, o presidente também sustentou na live desta quinta-feira (15) que a investigação em curso no âmbito do STF sobre suposta tentativa de interferência dele na Polícia Federal não teria encontrado provas de que ele teria agido irregularmente. O inquérito foi aberto após acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Apesar de falar de Moro com irritação ao abordar esse caso, Bolsonaro afirmou em outro momento da transmissão que o ex-juiz federal "foi brilhante" ao coordenar a transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) do Estado de São Paulo para presídios federais.

 

 

 

Agência Estado/dom total///