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Merval, da Globo, cobra que Rodrigo Maia paute o impeachment de Jair Bolsonaro

Colunista que vocaliza a posição da família Marinho exige que o presidente da Câmara dos Deputados saia de cima dos mais de 50 pedidos de impeachment.

 

14 de janeiro de 2021, 06:11 h (Foto: Reprodução | ABr)

 

 

247 – A Globo, peça decisiva no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e na prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e portanto também decisiva na ascensão do fascismo, agora cobra que seu aliado Rodrigo Maia (DEM-RJ) desengavete os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de crimes de responsabilidade. Prova disso é a coluna de hoje de Merval Pereira, que também critica os generais. "Ao endossarem, ou ao menos parecer endossar, as agressões de Bolsonaro às leis e à civilidade, os militares tornam-se cúmplices de um governo responsável por inúmeros ataques à democracia, culminando com a repugnante politização da COVID-19 que colocou o país como o segundo com maior número de mortes totais, e faz com que, mesmo diante da tragédia revisitada de mais de mil mortes diárias em média, ele se sinta em condições de fazer piada sobre a suposta ineficácia da vacina Coronavac produzida no Instituto Butantan", escreve ele. "Cresce no mundo a sensação de que é preciso levar a sério as ameaças retóricas de populistas como Trump e Bolsonaro, e impedir que prosperem. Não levá-las a sério pode permitir que se concretizem.

A atitude do Congresso americano, de levar adiante mais um processo de impeachment do (ainda?) presidente Donald Trump também serve de exemplo e advertência aos congressistas brasileiros", prossegue Merval. "Aqui entre nós, com mais de trinta pedidos de impeachment trancados na gaveta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, alega-se que não há ambiente político para a aprovação de um processo de impeachment, que perturbaria o cenário político. Depois de dois anos em que o próprio presidente perturba o equilíbrio institucional com declarações e atitudes inconcebíveis em quem ocupa a presidência da República, já está na hora de uma reação firme de repúdio, mesmo que o Centrão impeça a concretização do impedimento de Bolsonaro. Os políticos fisiológicos e os radicais de direita sairiam fortalecidos, mas desmoralizados", finaliza o colunista.