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Doria rebate Pazuello: ‘governo federal faz golpes de morte com os brasileiros

Governador de São Paulo rebateu crítica do ministro da Saúde, que chamou vacinação de Doria de ‘golpe de marketing’.

 

 

Doria: ‘A vacina é uma lição para vocês, autoritários que desprezam a vida’ (Governo de SP)

 

 

"Hoje é o dia V. É o dia da vacina, é o dia da verdade, é o dia da vitória, é o dia da vida." Com essa frase o governador de São Paulo, João Doria, iniciou entrevista coletiva neste domingo (17) sobre a aprovação do uso emergencial de vacinas no Brasil, entre elas a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantã com a chinesa Sinovac. "É o triunfo da vida contra os negacionistas, contra aqueles que preferem o cheiro da morte, ao invés do valor e da alegria da vida", disse Doria, ao lado da enfermeira Mônica Calazans, do Hospital Emílio Ribas, a primeira pessoa no Brasil a receber uma dose da Coronavac. O governador chamou a vacinação de uma vitória da democracia e dedicou o avanço às mais de 209 mil vítimas do coronavírus no Brasil e aos mais de 8,4 milhões de pessoas que se infectaram com a doença.

"A vacina vai ajudar a evitar cenas dramáticas e trágicas como o Brasil e o mundo viram em Manaus. Cenas que chocaram a opinião pública mundial", disse o governador. Questionado sobre a fala de Pazuello que criticou o uso da vacina como "golpe de marketing", Doria afirmou que o governo federal faz "golpes de morte contra os brasileiros". "Sobre golpes de marketing, eu respondo que o governo federal já há 11 meses faz golpes de morte com os brasileiros, com o negacionismo, com a recomendação para uso da cloroquina, com a falta de vacinas, falta de seringas, falta de orientação, falta de bons exemplos. Frases lamentáveis como: "e daí?", "pressa para quê?", "toma cloroquina que passa", "lavo minhas mãos"…. Isso, sim, é golpe na vida", afirmou. Doria elogiou o corpo técnico da Anvisa , dizendo que eles cumpriram seus deveres e obrigações e mostraram a autonomia de um órgão regulador.

"Resistiram às pressões. A ciência falou mais auto do que o autoritarismo." "Hoje é um dia de esperança, de renascimento, de buscar mais forças para prosseguimos. Achegara da vacina não nos livra do uso da máscara, da necessidade do isolamento social e da necessidade de não aglomerar", continuou. Ele autorizou a imediata distribuição da vacina do Butantã ao Ministério da Saúde e disse esperar que o órgão aja de "forma diligente, objetiva, com planejamento para que chegue de forma mais rápida possível aos braços dos brasileiros". O governador também criticou o chamado "tratamento precoce" defendido por Bolsonaro e por Pazuello, que não tem nenhuma eficácia, de acordo com a ciência, contra a covid-19. "Espero que o comportamento do ministério da saúde seja pela vida e que parem de recomendar e distribuir a cloroquina", disse. De acordo com Doria, profissionais de saúde de São Paulo já estão sendo vacinados no Hospital das Clínicas da USP e que já nesta segunda, 18, começa o plano logístico das vacinas que cabem ao Estado.

"A vacinação deve começar imediatamente. Cada dia conta, cada vida também", afirmou o governador. Segundo ele, na sequência, profissionais de saúde de Ribeirão Preto e Campinas também receberão a Coronavac. Após a manifestação de Doria, o diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, disse que este domingo é um dia de luz e se queixou do que chamou de "torcida contra" a vacina e defesa de "tratamentos obscuros que não tem nenhuma efetividade, em vez de defender a vacina", em uma nova crítica a Bolsonaro. "Hoje temos a melhor vacina, porque a melhor vacina é a que chega ao braço das pessoas. A única vacina que está sendo produzida e distribuída no Brasil. A vacina que foi combatida pelas mais altas autoridades da República, relegada ao discurso chulo muitas vezes", afirmou Covas.

 

 

 

Agência Estado/Dom Total///