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Gilmar declara Moro suspeito e diz que ex-juiz cometeu crime

Em um voto contundente pela suspeição de Sergio Moro na Segunda Turma do STF, o ministro Gilmar Mendes chamou a Lava Jato de “projeto populista de poder” e disse que “cada um vai ter seu lugar na história”. “Não se combate crime cometendo crime”

9 de março de 2021, 15:22 h

 

Gilmar Mendes, Sérgio Moro e Lula (Foto: STF | Reuters | Ricardo Stuckert)

 

 

 

247 – Em um voto histórico pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro no comando dos processos da Operação Lava Jato, o ministro Gilmar Mendes afirmou, em sessão da Segunda Turma no Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (9), que o então juiz de primeira instância cometeu crime para perseguir o ex-presidente Lula e tirá-lo do processo eleitoral de 2018. Em uma fala muito contendente e crítica, Gilmar chamou a Lava Jato de “projeto populista de poder” e usou expressões como “instrumentalização da justiça”, “juiz subserviente”, “populismo jurídico” e “maior escândalo judicial da nossa história”. “Não se combate crime cometendo crime”, ressaltou o ministro do STF, primeiro a votar o habeas corpus. Moro não se incomodava em “pular o balcão”, disse ainda Gilmar, ao gerenciar os processos que eram conduzidos pelos procuradores do Ministério Público.

O ministro observou que os magistrados que eventualmente concedessem habeas corpus a alvos da Lava Jato corriam risco de serem massacrados pelo que ele chamou de “conluio entre a mídia e os procuradores” de Curitiba. “O combate à corrupção tem que ser feito dentro dos moldes legais, não se combate crime praticando crime. Ninguém pode se achar o ó do borogodó, cada um vai ter seu tamanho no final da história, um pouco mais de modéstia, calcem as sandálias da humildade”, disse. Mais cedo, o ministro Edson Fachin, que anulou os processos contra o ex-presidente Lula nesta segunda-feira (8), tentou adiar o julgamento do habeas corpus, alegando que, após a decisão do dia anterior, não haveria mais razão para julgar a suspeição de Moro. A manobra fracassou e Fachin foi derrotado por 4 a 1 na Segunda Turma.

 

Gilmar Mendes: o que se fala da Lava Jato do Rio, de Marcelo Bretas, é “de corar frade de pedra”

247 – A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga na tarde desta terça-feira (9) a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nas ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao proferir seu voto, o ministro Gilmar Mendes teceu duras críticas a Moro, aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Gilmar Mendes também indicou haver irregularidades na condução dos processos pelo juiz Marcelo Bretas, na Lava Jato do Rio de Janeiro. Segundo o ministro, o que se fala da 7ª Vara Federal é de "corar frade de pedra" e disse não saber como o escândalo não veio à tona.