Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Cinco novas variantes do coronavírus circulam pelo Rio Grande do Sul, aponta pesquisa

A propagação de novas variantes do coronavírus no Rio Grande do Sul vem preocupando profissionais de saúde.Já foram identificadas 20 linhagens diferentes no estado gaúcho. E a que mais preocupa, atualmente, é a variante P1, de Manaus.

 

O governo do estado fez uma transmissão ao vivo nessa última terça-feira (16) para tratar sobre esses assuntos. De todas as linhagens do coronavírus que circulam pelo Rio Grande do Sul, foram identificadas as cinco mais frequentes. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a variante P1 está presente em quase 90% das amostras divulgadas em fevereiro por um estudo da própria unidade. Das 27 amostras, 24 eram dessa cepa, vinda de Manaus.

Os novos casos, somados aos descuidados da população, contribuíram para a atual situação do sistema de saúde, com UTIs e emergências superlotadas. “O dia de maior mobilidade da população no Rio Grande do Sul, foi no dia 19 de fevereiro. Se a gente tem grande mobilidade da população, a população está indo para todos os cantos do estado e a gente tem ainda pessoas que não se protegem de forma adequada, então certamente isto é uma combinação para que os casos explodissem”, afirmou o médico infectologista, Eduardo Sprinz. A análise de todo o Rio Grande do Sul está disponível no boletim genômico do coronavírus, no site do governo do estado.

Para identificar essas novas variantes, foram analisadas 478 amostras de pacientes de 117 municípios com idades diferentes. Com a vacinação tendo uma velocidade lenta e ainda mais mutações sendo descobertas, as assistências hospitalares estão cada vez mais limitadas. “A chance das pessoas morrerem agora de Covid ou de qualquer outra coisa é muito maior do que era em agosto ou setembro do ano passado, porque a qualidade da nossa assistência diminui. A gente não tem como garantir uma qualidade assistencial quando a gente está pressionado e o sistema está a beira do colapso”, revelou Sprinz. Uma outra nova variante já está surgindo, o primeiro caso foi descoberto em São Paulo.

Ela ainda não chegou aos hospitais do Rio Grande do Sul e por ser considerada rara não há dados concretos sobre sua transmissão. “Como esse dado ainda é muito novo, a gente precisa de mais algumas semanas para continuar investigando para chegar a esse número e dizer se é mais transmissível ou não, mas ela tem mutações que vem sendo associadas com maior transmissibilidade”, disse o virologista Fernando Spilki. Conforme o estudo divulgado pelo governo do estado, as variantes P1 e P2 continuam sendo as que mais preocupam e, com mais mutações surgindo o futuro ainda é incerto.

“Em um futuro próximo mesmo no médio prazo, eu não consigo ver um cenário dierente. Eu espero a ideia básica de que, tomara que a gente consiga no final desse ano ter imunizado uma boa parcela da população brasileira. E a gente tem que torcer que as medidas protetoras sejam incorporadas pela nossa população”, explicou o médico infectologista.

 

 

 

O Sul///