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Globo reage a Heleno e diz que ele faz “leitura estapafúrdia” sobre o papel das Forças Armadas

"Essa leitura estapafúrdia do artigo 142 da Carta, que estabelece o papel das Forças Armadas na República, não passa de uma tentativa de aplicar um verniz, de conferir uma pátina de legalidade à ruptura da ordem democrática", diz o editorial do jornal O Globo

18 de agosto de 2021, 08:22 h

Foto:General Augusto Heleno (Foto: Marcos Correa)

 

 

247 – "Continua a prosperar no universo paralelo do bolsonarismo uma interpretação descabida da Constituição que justificaria uma intervenção militar em apoio aos desígnios golpistas do presidente Jair Bolsonaro", diz o jornal O Globo em editorial publicado nesta quarta-feira (18). "Essa leitura estapafúrdia do artigo 142 da Carta, que estabelece o papel das Forças Armadas na República, não passa de uma tentativa de aplicar um verniz, de conferir uma pátina de legalidade à ruptura da ordem democrática", acrescenta. De acordo com o texto, "a visão deturpada desse artigo atribui às Forças Armadas o exercício de um pretenso ‘poder moderador’ — inexistente em todas as Constituições republicanas".

"Seria apenas mais um delírio das redes sociais, não tivesse sido ressuscitada nesta semana em entrevista do general da reserva Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)", afirma. "Em nenhum momento o artigo 142 confere às Forças Armadas autoridade para intervir ou moderar crises entre o Executivo e os demais Poderes", diz o editorial. Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello também rechaçou frontalmente as declarações de Heleno: "repugnante e inaceitável".

 

 

Brasil 247///