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Apagão deve transferir R$ 33 bi da sociedade para empresas

‘Esvaziam-se os reservatórios para tarifa explodir’.

 

 

 

A crise no setor elétrico é uma crise de energia, salientou Vicente Andreu, ex-diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA). “Criam essa coisa de chamar de crise hídrica para dar a impressão de que é uma coisa fortuita, de momento, que ninguém esperava”, disse o estatístico, que já foi secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente. Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, Andreu destacou que “a falta de água nos reservatórios faz com que se criem as bandeiras tarifárias e agora criaram mais uma. Eu estimo mais ou menos R$ 33 bilhões que eles vão tirar da população brasileira, da sociedade brasileira, da economia para levar para esses agentes que operam no setor elétrico”. “Fabricar a crise é o jeito de maximizar a renda dos agentes do setor elétrico”, denunciou. “Essa crise é resultado de uma operação recorrente, que acontece todo ano, do setor elétrico e que foi agravada no Governo Bolsonaro.

Tem como finalidade esvaziar os reservatórios no período chuvoso para, quando chegar o período seco, tendo pouca água nos reservatórios, o preço da tarifa explodir”, explicou o ex-presidente da ANA. “Como essas empresas estão todas verticalizadas ou são grupos econômicos, elas não perdem na ponta da geração. Ao contrário, o governo baixou uma Medida Provisória que permite a elas recuperar todo dinheiro que eventualmente estejam perdendo em 2021”, apontou. Para Andreu, a situação dos reservatórios das hidrelétricas deve se agravar em setembro, a ponto de o risco de apagões se tornar palpável já em outubro. Para Roberto Pereira D’Araujo, diretor da ONG Ilumina, o volume dos reservatórios pode atingir apenas 6% da reserva máxima em novembro.

 

 

 

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